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Europeus de Judo: Os olhos em Paris 2024 e na experiência que pode dar medalhas

Portugal representado no feminino nos Europeus de Judo
Portugal representado no feminino nos Europeus de JudoFederação Portuguesa de Judo
O selecionador feminino de judo, Marco Morais, enfatizou que o primeiro ponto definido para os Europeus da modalidade é pontuar para os Jogos Olímpicos Paris 2024, sem descurar a experiência na luta por medalhas.

"É uma equipa heterogénea na sua experiência. Acima de tudo, o primeiro ponto é tentarmos pontuar naquilo que é o objetivo máximo, que é os Jogos Olímpicos. (...) Depois, em relação ao europeu mesmo, sabemos que temos aqui atletas que são competitivas, que podem, qualquer uma delas, num dia bom, conseguir avançar no seu quadro e estar perto dos locais de disputa de medalhas”, perspetivou Marco Morais, em declarações à agência Lusa.

O selecionador nacional da equipa feminina, representada nos Europeus por nove judocas, lembrou a diversidade do grupo que estará entre sexta-feira e domingo em Montpellier: por um lado com judocas muito jovens, por outro as mais experientes.

No primeiro caso, o aparecimento nesta competição de Raquel Brito (-48 kg) e Joana Crisóstomo (-70 kg), judocas mais jovens que entram em Montpellier já a pensar no ciclo para Los Angeles 2028 e no tipo de experiência que importa adquirir.

“Ver o que é que elas nos podem oferecer competitivamente, sabendo que é uma prova que é difícil, mas elas conquistaram por mérito próprio o lugar neste europeu, porque medalharam (nos Opens Europeus)”, assinalou o treinador.

Uma situação muito diferente das experientes Bárbara Timo (-63 kg), Telma Monteiro (-57 kg) ou Rochele Nunes (+78 kg), algumas das judocas com maior sucesso internacional, bem como Catarina Costa (-48 kg) ou Patrícia Sampaio (-78 kg).

Entre estas, todas em lugares de apuramento olímpico, Patrícia Sampaio, muito afetada por lesões nos últimos anos, é a única que nunca medalhou num Europeu, mas Marco Morais frisa a qualidade da judoca de Tomar, que tem vindo a recuperar da lesão no ombro.

“Ela é muito competitiva. Parto sempre do princípio, porque a acompanho há muitos anos, que ela pode sempre fazer algo extraordinário e estar na disputa pelas medalhas”, analisou o treinador.

Morais reconhece que a Patrícia Sampaio, apesar de medalhas em Grand Prix e Grand Slam, falta o pódio em grandes eventos, mas para isso é preciso que a judoca esteja bem no capítulo das lesões, que têm sido as suas maiores adversárias.

Para os Europeus, Marco Morais não se coibiu de comentar a 17.ª participação de Telma Monteiro, que aos 37 anos está em lugar de apuramento olímpico e conta no currículo com 15 medalhas na prova continental (seis de ouro, duas de prata e sete de bronze).

“Todos nós também sabemos que se lhe derem a oportunidade de certeza absoluta que ela irá agarrá-la com unhas e dentes, porque é uma das atletas mais competitivas que alguma vez eu vi. Vejo-a a participar, nunca a vi a arrastar-se num tapete, e acho que a sua participação será da mesma forma que se calhar foi a sua primeira, em termos de ambição. O que eu vejo nela é essa ambição, se calhar da jovem Telma, de querer ser campeã da Europa, não a consigo imaginar de outra forma a participação que terá nesta prova”, disse o treinador.

Os Europeus decorrem entre sexta-feira e domingo na Sud de France Arena, em Montpellier, com o primeiro dia dedicado às categorias mais leves, com Catarina Costa, Raquel Brito, Maria Siderot, Joana Diogo, Telma Monteiro e Rodrigo Lopes, o segundo para as intermédias, com Bárbara Timo, Joana Crisóstomo, Thelmo Gomes, Anri Egutidze e João Fernando, e o último das mais pesadas, com Patrícia Sampaio, Rochele Nunes e Jorge Fonseca.