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Fábio Coentrão lembra "equipa fantástica" no Benfica e "carinho especial" pelo Sporting

Mário Rui Ventura
Fábio Coentrão com Jorge Jesus no Sporting, em 2017/2018
Fábio Coentrão com Jorge Jesus no Sporting, em 2017/2018LUSA
Fábio Coentrão, antigo internacional português, que terminou a carreira em 2020/2021, no seu Rio Ave, recordou o seu trajeto futebolístico, com passagens por Benfica, Sporting e Real Madrid, e destacou a formação encarnada que conquistou o título, em 2009/2010, com Jorge Jesus no comando técnico, ainda antes do ala esquerdo rumar ao emblema espanhol.

"Tínhamos uma equipa fantástica, dava gosto. Eu acho que nos últimos 15 anos, esta equipa, a nível de qualidade, bate os anos todos. Saviola, Aimar, que para mim é um jogador fora do normal, o Ramires, o David Luiz, o Di Maria... Tínhamos uma equipa fantástica e um treinador que, vamos ser sinceros, é fora do normal. Todos os meus companheiros evoluíram bastante. Eu fui treinado por muitos dos melhores do mundo, Jesus é sem dúvida um desses. Todos os que são treinados por ele evoluem como jogadores", afirmou Fábio Coentrão, no programa Futebol Arte, da SportTV.

O lateral internacional português voltou a trabalhar com Jorge Jesus mas no rival lisboeta, o Sporting, em 2017/2018, emprestado pelo Real Madrid.

"Como sabem, sempre tive carinho especial pelo Sporting e depois, na altura, estava lá o Jesus. Ligou-me para saber se estava interessado. Nem hesitei, porque tinha esse sonho desde criança. Tive pena! Tínhamos um ponta de lança, que bola na área era... Todos os laterais com Jesus têm acima de 5, 6 assistência por época. Isto é treino. Quer os laterais muito envolvidos no ataque, muito subidos. Se jogo com Benzema ou Bas Dost, faço coisas diferentes. O Bas pediu muitas vezes bola pelo ar... Temos de nos adaptar ao avançado que temos. Quando vou a cruzar já sei o que vou fazer", explicou Fábio Coentrão.

O antigo lateral falou igualmente da mudança do Benfica para o Real Madrid, em 2011/2012.

"No início as coisas não correram como esperava e não fui muito bem recebido por uma parte dos adeptos do Real Madrid. Na altura não foi o passo certo. sentia que podia jogar em qualquer equipa do mundo, que a maior parte dos clubes de grande dimensão não tinham laterais esquerdos do meu nível. E no Real ficámos com dois. Recuando, há 12 anos não havia 3 ou 4 laterais esquerdos. Não havia e juntei-me ao melhor do mundo, de longe. Torna-se complicado", disse Coentrão.

"Nesses clubes só jogam 11 e são quase sempre os mesmos. Depois tem que haver jogadores como eu, que na altura me senti assim. O Marcelo estava bem e jogava. O Ancelotti dizia-me muito que nunca tinha conhecido um jogador que competisse tão bem como eu… Eu ficava um mês e meio sem jogar, mas quando era chamado jogava os 90 minutos e competia", lembrou o defesa, agora com 35 anos, que, apesar da carreira ao mais alto nível, assume que podia ter feito outras escolhas no seu trajeto.

"Claro que estou contente com o meu passado. Joguei nos melhores clubes, conquistei muitos títulos, claro que estou contente com o meu passado, mas se mudava? Talvez, houve decisões que... diria que sim. Havia muitos clubes interessados. Até podia correr mal, mas senti que podia ter dado outro passo", assumiu Fábio Coentrão.

Os números de Coentrão antes do final de carreira
Os números de Coentrão antes do final de carreiraFlashscore