Neeskens faleceu na manhã de domingo na Argélia, onde trabalhava no Projeto WorldCoaches da KNVB, do qual era o porta-estandarte. Para o Project WorldCoaches, Neeskens voou por todo o mundo para apoiar, treinar e ensinar treinadores em países com menores recursos. "O coletivo, é disso que se trata. Todos vocês precisam uns dos outros em campo. Vocês só podem se tornar campeões como um coletivo. Só existe uma estrela e essa é a equipa", disse Neeskens durante o reencontro dos internacionais de 1974 anteriormente este ano.
Neeskens, apelidado de o Nees, jogou em vários clubes entre 1968 e 1991. Neeskens, que jogava tanto no meio-campo como na defesa, começou a sua carreira no RCH e foi para o Ajax em 1970.
Em Amesterdão, Neeskens tornou-se um dos melhores jogadores neerlandeses da época, tendo conquistado duas vezes a Eredivisie, duas vezes a Taça dos Países Baixos, três vezes a Taça dos Campeões Europeus, duas vezes a Supertaça Europeia e uma vez o Campeonato do Mundo de clubes. Em 1974, Neeskens foi para o Barcelona, com o qual ganhou a Taça UEFA e a Taça do Rei.
Depois do Barcelona, Neeskens jogou no New York Cosmos (EUA), FC Groningen, South Florida Sun (EUA), Kansas City Comets (EUA), FC Löwenbräu (EUA), FC Baar (Suíça) e FC Zug (Suíça).
Neeskens disputou 79 jogos pela seleção nerlandesa e foi um dos pilares das equipas da Laranja Mecânica que chegaram às finais do Campeonato do Mundo de 1974 e 1978. No Campeonato do Mundo de 1974, Neeskens terminou em segundo lugar na lista dos melhores marcadores, com cinco golos, o que lhe valeu a Chuteira de Prata. Os Países Baixos perdeu na final desse torneio para a Alemanha Ocidental (1-2). Quatro anos mais tarde, a Argentina superou os Países Baixos no jogo final.
As selecções de 1974 e 1978 são frequentemente consideradas como a "geração de ouro" do futebol neerlandês, que contava então com jogadores como Johan Cruijff, Johnny Rep, Ruud Krol e Willem van Hanegem. Neeskens também jogou uma internacionalização pela Catalunha em 1976.
Após a sua carreira, Neeskens foi incluído na lista FIFA 100, uma lista dos 100 melhores futebolistas de sempre, elaborada pelo antigo futebolista Pelé. Partilhou esta honra com 12 outros neerlandeses, entre os quais os contemporâneos Cruijff, René e Willy van de Kerkhof e Rob Rensenbrink.
