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FC Porto confirma reagendamento de AG após desacatos e agressões, AVB reage

Atualizado
Noite marcada por várias incidências junto do Estádio do Dragão
Noite marcada por várias incidências junto do Estádio do DragãoFC Porto
A Assembleia Geral (AG) Extraordinária do FC Porto realizada esta noite esteve envolvida em caos e incidência e depois de dois recomeços foi cancelada e reagendada para 20 de novembro. Antes, houve mudança de local para o Dragão Arena, a reunião começou sem todos os sócios no interior, foi interrompida e reatada após desacatos e violência nas bancadas, mesmo apesar do abandono de alguns sócios. Depois de mais uma agressão a um sócio que expressou a sua oposição à mudança dos estatutos, a AG foi cancelada e reagendada, algo já oficializado por um comunicado do clube.

Comunicado do FC Porto

"O Presidente da Mesa da Assembleia Geral do FC Porto, José Lourenço Pinto, anunciou a suspensão da reunião magna entre associados do clube esta segunda-feira. A Assembleia Geral com vista à deliberação sobre a aprovação dos novos Estatutos será retomada dia 20, segunda-feira, novamente às 21:00 e no Dragão Arena".

André Villas-Boas, possível candidato às eleições em 2024, também recorreu às redes sociais já depois de ter feito declarações aos jornalistas: 

"Um dos dias mais negros da história do FC Porto. Sem vergonha, sem escrúpulos, sem respeito nenhum pelos Associados deste grande Clube.  Dia 20 de Novembro os Sócios marcaram de novo presença. O FC Porto precisa de se encontrar nos seus princípios, nos seus valores e nas suas bases. O que se passou hoje não poderá nunca voltar a repetir-se".

AG cancelada e reagendada após novas agressões

De acordo com as últimas informações da imprensa nacional, a reunião acabou por ser cancelada depois de um sócio que expressou à mesa da AG a sua oposição à votação ter sido agredido por outros sócios quando regressava à bancada, acabando por ser arrastado para fora do pavilhão pelos elementos de segurança.

Mudança de local e desacatos

A noite esteve envolta em acontecimentos junto do Estádio do Dragão. Milhares de sócios fizeram fila para entrar num auditório para 400 pessoas, o que levou à suspensão do evento e a passagem do mesmo para o Dragão Arena. Depois da mudança de local, os desacatos.

A imprensa nacional aponta para relatos de sócios que foram agredidos por elementos da claque Super Dragões por não terem aplaudido Pinto da Costa e vídeos difundidos nas redes sociais mostram a desordem e os desacatos nas bancadas. 

Depois de uma pequena interrupção devido ao caos, a AG foi retomada. Segundo a edição digital d'A Bola, a Polícia de Segurança Pública (PSP) foi apelada a intervir por parte dos sócios no interior, mas ter-se-á recusado a fazê-lo, alegando que se tratava de uma reunião privada e que só poderia atuar caso fosse solicitada a sua presença pela Mesa da AG.

Nuno Lobo e André Villas-Boas

Ainda antes dos desacatos, o único candidato oficial às eleições do clube em 2024, Nuno Lobo, anunciou que iria impugnar a AG devido às condições em que a mesma se realizou.

"Infelizmente tomei conhecimento que a AG começou com estas pessoas todas cá fora. Não tenho palavras para qualificar, é uma vergonha o que estão a fazer com os sócios do FC Porto. Dão início a uma AG com assuntos tão importantes sem a presença dos associados que estão aqui há horas. Não me revejo no rumo que este clube está a tomar. Deviam ter esperado até ao último sócio, mudaram de sítio sem avisar os associados, começam sem respeito pelos sócios. Obviamente irei impugnar esta Assembleia Geral", vincou.

Na altura em que a AG foi suspensa pela primeira vez para proceder à mudança para o Dragão Arena, o ex-treinador e possível candidato à presidência do FC Porto, André Villas-Boas, que inicialmente não quis prestar declarações, falou aos jornalistas para tecer críticas à organização.

"Foi-nos dada a informação de que o presidente da mesa da AG queria mudar para outro local, tendo em conta as filas que se propagam até à rotunda da VCI. Não há condições para se tomar qualquer decisão nesta AG, por isso peço ao presidente da Mesa que reconsidere, que remarque esta AG para um local e uma hora apropriadas para que todos os sócios possam votar livremente", apontou.

Alteração dos estatutos

A hipotética adoção do voto eletrónico e por correspondência, a filiação sénior mínima de 15 anos, em vez dos atuais 10, para se concorrer à presidência ou o acesso ao direito de voto após dois anos ininterruptos como sócio são algumas das mudanças em discussão.

Elaborado pelo Conselho Superior, órgão consultivo do FC Porto, o documento protege a manutenção da maioria do capital social da SAD perante uma eventual entrada de novos investidores, alargando ainda a abertura à realização de negócios entre os titulares dos órgãos sociais e os ‘dragões’, desde que salvaguardem o “manifesto interesse do clube”.

Qualquer alteração dos estatutos necessitará de dois terços de votos favoráveis para ser aprovada, entrando em vigor no dia seguinte ao da publicação da escritura pública, que deverá ser realizada num prazo de 30 dias junto da Conservatória do Registo Comercial.