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Federações desportivas na Guiné-Bissau acusam Governo de olhar apenas para futebol

Seleção da Guiné-Bissau participou na última edição da CAN
Seleção da Guiné-Bissau participou na última edição da CANAFP
O secretário-geral do Fórum das Federações Desportivas (FFD) da Guiné-Bissau, Quecuta Indjai, acusou esta quarta-feira o Governo de apenas estar a olhar para o futebol deixando de lado as outras modalidades.

Em conferência de imprensa que serviu de “alerta para a opinião pública nacional e internacional”, Indjai afirmou que a FFD “não compreende” a posição do Governo, nomeadamente do Ministério da Cultura, Juventude e Desporto.

“O Ministério do Desporto apenas se preocupa com o futebol, mas o desporto são todas as modalidades”, disse, salientando que a luta olímpica devia ser “a modalidade rainha” na Guiné-Bissau.

Quecuta Indjai observou que a luta olímpica é a modalidade que mais trouxe medalhas ao país: “Futebol é rainha, mas noutros países, apesar de arrastar multidões”.

O secretário-geral da FFD disse ainda que desde que Augusto Gomes foi reconduzido na pasta do Ministério do Desporto, em dezembro de 2023, “nunca se sentou à mesa” com as restantes federações desportivas.

Um possível diálogo com o ministro serviria para que as federações desportivas apresentassem propostas para a facilitação das suas viagens, concessão pelo Governo de passaporte de serviço aos líderes federativos, e ainda a atribuição de subvenções monetárias.

Quecuta Indjai observou que, no passado, o FFD já estava em conversações com o Governo no sentido de ser atribuído mensalmente um valor monetário a algumas federações desportivas.

“Pedimos subvenções para 15 federações, num montante de 10 milhões de francos CFA (cerca de 15.400 euros) por cada federação”, declarou Indjai.

O responsável notou ainda que nos outros países da sub-região africana são concedidos aos presidentes das federações desportivas , pelo Governo, passaportes de serviço que lhes facilita nas viagens internacionais.

Quecuta Indjai enfatizou que 2024 é o ano olímpico, pelo que as federações devem ser apoiadas e avisou que poderão colocar atletas nas ruas para demonstrarem o seu desagrado.

“Cada federação tem, no mínimo, mil praticantes, entre seniores e juvenis, masculinos e femininos. Se sairmos às ruas, vão ver a nossa força”, avisou Indjai.

O secretário-geral da FFD espera que a exortação das federações chegue ao Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, e ao primeiro-ministro, Rui Duarte de Barros, por serem, disse, “os chefes do ministro do Desporto”.