Fenerbahçe proibido de ter adeptos em Kayseri após protestos contra o governo
A tomada de posição dos responsáveis acontece depois de na última jornada os adeptos do Fenerbahçe - à semelhança do que fizeram, posteriormente, os do Besiktas – terem pedido a demissão do governo, face aos mais de 45.000 mortos resultantes do sismo que afetou o sudeste do país.
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“Não podemos aceitar esta decisão. É uma decisão estranha, que não tem nada a ver com critérios desportivos. Convidamos os responsáveis a recuarem neste erro”, lamentou o Fenerbahçe, em comunicado.
No sábado, na goleada em casa ao Konyaspor (4-0), os adeptos pediram, com cânticos, a demissão do governo liderado há 20 anos por Recep Tayyip Erdogan, criticando a falta de coordenação e a gestão ineficiente após os sismos no sul e centro da Turquia e norte e oeste da Síria.
Os protestos no jogo do Fenerbahçe foram seguidos no dia seguinte, no domingo, pelos adeptos do rival Besiktas, com milhares a entoarem as mesmas palavras “governo, demissão”, num jogo em que atiraram milhares de brinquedos e peluches para o relvado, em homenagem às crianças vítimas do sismo.
Em resultado, alguns adeptos do Besiktas foram detidos e o líder do partido de ação nacionalista, aliado de Erdogan, pediu que os jogos se realizem sem adeptos, caso continuem os protestos.
O campeonato turco é liderado pelo Galatasaray, com 54 pontos, seguido do Fenerbahçe, com 48, e do Besiktas, com 40.