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Fernando Santos: “Quando chegar a Portugal vou conversar com o presidente da Federação”

Fernando Santos respondeu à questão sobre Ronaldo
Fernando Santos respondeu à questão sobre RonaldoOpta by Stats Preform, AFP
O selecionador nacional remeteu a continuidade ao comando de Portugal para uma conversa posterior com Fernando Gomes. Elogios a Marrocos depois de um jogo complicado e a recusa em dar ênfase à polémica de Ronaldo e a forma ocmo poderá ter afetado a equipa.

Depois de qualquer competição eu e o presidente falamos, abordamos o assunto e vemos o que vamos fazer. Agora quando chegar a Portugal, com algum tempo, vou conversar com ele e ver a análise. Essa questão de apresentar a demissão não se coloca. Não faz parte do meu léxico, nem do presidente”. Foi assim que Fernando Santos respondeu à questão da continuidade ao comando da Seleção Nacional onde chegou em 2014, após a eliminação nos quartos de final do Mundial-2022 diante de Marrocos.

Uma partida em que o selecionador nacional lamentou a falta de uma “pontinha de sorte” para um resultado mais feliz.

“Conhecíamos bem o adversário, sabíamos as dificuldades que encerrava o jogo. Tínhamos visto a partida com Espanha e trabalhado sobre isso, com o objetivo de meter muita criatividade, tirar o adversário do jogo, conseguir envolver dentro e fora para chegar em zona de finalização. Em algumas fases do jogo circulámos demasiado atrás, faltou-nos um pouco dessa imaginação que a equipa com a Suíça (6-1 nos oitavos de final) fez muito bem. Não fizemos aquilo que acho que podíamos ter feito e os jogadores queriam fazer. Tivemos duas boas ou três situações que podíamos ter finalizado. Acabámos por ser penalizado com um golo a terminar a primeira parte. Não era justo, mas o futebol é isto. Ao intervalo disse aos jogadores que era preciso manter a calma e que tínhamos capacidade para dar a volta ao jogo. Melhorámos muito, criámos quatro ou cinco oportunidades e não conseguimos concretizar. Às vezes também é preciso ter uma pontinha de sorte. Por exemplo, o Pepe teve uma oportunidade mais clara hoje e não conseguiu, no jogo anterior tinha feito um grande golo. Nos últimos minutos entrámos em ansiedade”, explicou.

Confrontando ainda com as críticas fortes feitas pelos jogadores ao árbitro, Fernando Santos reconheceu alguns erros na exibição de Facunco Tello, mas não quis dar ênfase.

Não podemos ir por aí. Aqui ou acolá podia ter marcado algumas faltas, evitado perda de tempo constante. Temos de ir pelo que podíamos ter feito mais e não fizemos. Não me parece que faça grande sentido agora. É verdade que já no outro jogo que nos apitou deixou algumas faltas acontecerem, muito tempo, mas não podemos ir pelo lado do árbitro”, asseverou.

Instando a fazer uma avaliação à participação portuguesa no Mundial-2022, Fernando Santos recusou falar em fracasso.

Não sei se foi um fracasso. Não fomos tão longe quanto queríamos, a equipa tem muita qualidade, podíamos ter feito melhor. Os jogadores trabalharam muito, lutaram muito e há jogos em que falta uma pontinha de sorte. Foi um caso desses”, disse, deixando uma garantia para o futuro: “Esta geração vai continuar a ter oportunidades para fazer coisas boas no futebol português, disso não tenho dúvidas. Foi uma desilusão para todos os que estamos aqui. A equipa estava confiante, alegre, muito forte. Estávamos convencidos que tínhamos qualidade para mais”

Sem arrependimentos com Ronaldo

Cristiano Ronaldo foi tema incontornável durante a participação de Cristiano Ronaldo no Mundial-2022. Por entre a desvinculação ao Manchester, a frase menos simpática que atirou para o banco de suplentes quando foi substituído diante da Coreia do Sul e o facto de ter sido suplente nos jogos a eliminar, o avançado de 37 anos acabou por estar sempre em foco.

Polémicas que Fernando Santos garantiu não terem tido efeito no grupo.

“Não teve reflexo nenhum na produção da equipa. O jogador esteve sempre ativo, a equipa fortemente unida. As duas pessoas que ficaram mais desunidas nisto foi eu e ele, mas um treinador não pode pensar com o coração. Emocionalmente é algo que nos marca sempre”, atirou, falando ainda da decisão de colocar o jogador como suplente: “Não me arrependo de Ronaldo ter sido suplente, acho que a equipa esteve muito bem no jogo com a Suíça. É um jogador enorme e entrou quando achamos que era preciso e não temos arrependimentos desse tipo”.