FIFA pede às seleções do Mundial-2022 para ‘’se concentrarem no futebol’’
A pouco mais de um mês do pontapé de saída do Mundial-2022 (acontece a 20 de novembro) a prova continua a gerar polémicas. Várias equipas e jogadores têm expressado descontentamento pelos alegados abusos aos direitos humanos, que vão desde o tratamento dos trabalhadores migrantes aos problemas com a comunidade LGBTI+.
De forma a serenar um pouco os ânimos, Gianni Infantino e Fatma Samoura, presidente e secretária-geral da FIFA, enviaram uma carta às 32 seleções que vão participar no Campeonato do Mundo com uma mensagem muito simples: ‘’Concentrem-se no futebol’’.
‘’Sabemos que o desporto não existo no vácuo e estamos conscientes que existem vários desafios e obstáculos de natureza política um pouco por todo o mundo, mas não permitam que o futebol seja arrastado para todas as batalhas política e ideológicas que existem’’, pode ler-se na nota que a Federação Australiana confirmou à Reuters que recebeu.
De resto, a Austrália foi uma das primeiras seleções a exprimir preocupação com a realização do Mundial-2022 no Catar, nomeadamente devido aos problemas que a comunidade LGBTI+ enfrenta no país. Recorde-se que Joshua Cavallo, internacional sub-20 pelo país, tornou-se no primeiro jogador profissional no ativo a assumir a homossexualidade, em outubro de 2021.
Seguiu-se a Dinamarca, cujos jogadores revelaram que as famílias não vão viajar para o Catar, como forma de protesto pelo que consideram constantes atropelos aos direitos humanos no país. Um anúncio que foi feito pela federação dinamarquesa no passado mês de outubro.