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Filipa Patão gostava que se falasse mais da Espanha campeã do que de Rubiales

LUSA
A capitã Sílvia Rebelo recusou falar do caso e preferiu focar-se na Supertaça
A capitã Sílvia Rebelo recusou falar do caso e preferiu focar-se na SupertaçaSL Benfica
A treinadora da equipa feminina do Benfica disse esta quinta-feira que gostaria que se falasse mais do facto de a seleção espanhola ter sido campeã mundial do que do comportamento do presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Luís Rubiales.

Filipa Patão abordou o caso da final do Mundial-2023, em que Rubiales beijou a futebolista Jenni Hermoso, na conferência de imprensa de antevisão do jogo com o SC Braga para a meia-final da Supertaça Feminina, que se realiza sábado, pelas 15:00, no Benfica Campus, Seixal.

Para o futebol feminino isto não é o que nos traz desenvolvimento e uma visibilidade positiva. Gostaria que cada vez mais se falasse na Espanha, que teve uma prestação irrepreensível por parte das jogadoras, treinadores e ‘staff’. Gostava que se falasse mais que a Espanha foi campeã do mundo e de que Portugal tem o sonho de um dia ser campeão do mundo”, afirmou.

Questionada sobre o facto de a capitã Sílvia Rebelo se ter escusado na mesma conferência de imprensa a comentar o assunto era um sinal de que se tem falado demasiado sobre o tema, Filipa Patão foi perentória.

A Sílvia acaba por fazer um bocadinho o que todos nós queremos fazer numa fase destas quando se toca nesse assunto. Em primeiro lugar, temos de nos centrar em nós e no que vem aí e, depois, porque acabámos por sentir que a Espanha foi campeã do mundo. Quantas vezes ouvimos falar disto”, questiona.

No centro da polémica está o acontecimento de 20 de agosto, quando, no final do jogo que consagrou a seleção feminina espanhola campeã do mundo de futebol, em Sydney, na altura da entrega dos prémios, o presidente da RFEF beijou na boca Jenni Hermoso.

Sobre a partida da meia-final diante do Sporting de Braga, a treinadora das benfiquistas admite que a forma como o adversário, que tem Tomás Tengarrinha como novo timoneiro das bracarenses, se vai apresentar será uma incógnita.

O Braga vai ser também um bocadinho uma surpresa para nós. Tem um novo treinador e um plantel que teve muitas mexidas. Como os jogos de preparação não são televisionados, a informação que temos acaba por ser um pouco vaga. Por isso, preparámos este jogo muito a pensar em nos, no nosso processo e no que temos de fazer”, referiu.

Apesar das mudanças no plantel do Benfica, Filipa Patão garante que a forma como as suas jogadoras se vão apresentar na presente temporada não será diferente da que teve na época anterior em que conquistou a Supertaça.

A identidade do Benfica não tem mudado grande coisa desde que estamos aqui. Somos uma equipa que gosta de ter a bola, ser pressionante e assumir os jogos. Temos sido, cada vez mais, acutilantes em termos ofensivos. Não vai alterar muito o padrão do que é o Benfica”, garantiu.

A técnica, de 34 anos, disse ainda não ter ficado surpreendida pelo facto de várias atletas terem rumado a outros projetos, assegurando que o grupo continua forte.

Não ficámos surpresos com as saídas que houve no plantel. Num clube como o Benfica tem bem preparado o que vai acontecer, as ideias e como combater e reforçar-se para continuarmos competitivos e com um projeto ganhador e evolutivo. Apesar das saídas continuamos muito fortes e a querer mostrar algo mais”, disse.

Sílvia Rebelo: "Esperamos um SC Braga forte"

A capitã da equipa feminina de futebol do Benfica, Sílvia Rebelo, anteviu que a sua equipa vai ter pela frente um SC Braga “forte” na meia-final da Supertaça feminina..

É sempre uma equipa forte e estamos à espera de um adversário que, tal como nós, também vai querer ganhar esta taça. É uma equipa muito ofensiva e estamos a contar com isso, mas estamos focadas em nós. Se fizermos o nosso trabalho, certamente o Braga vai ter muitas dificuldades em conseguir levar a vitória”, disse na conferência de imprensa de antevisão do jogo.

Carole Costa (esq.) em conversa com a compatriota Andreia Norton (dir.)
Carole Costa (esq.) em conversa com a compatriota Andreia Norton (dir.)SL Benfica

A defesa, de 34 anos, que garante que a sua equipa está preparada para a estreia na presente época, assegurou que não há uma responsabilidade suplementar por serem as detentoras do troféu e considera que a meia-final é já uma espécie de final.

Grupo está bem e feliz por voltarmos a competir. Jogar no Benfica já é uma pressão. Estamos habituadas a esta pressão, quem anda neste nível tem de estar habituada a isso. Apesar de ser uma meia-final, acaba por ser uma final porque vai ter de haver um vencedor. O importante é chegarmos a sábado e darmos mais uma alegria aos nossos adeptos”, referiu.

Depois de ter estado integrada na seleção portuguesa que participou no Mundial de futebol, Sílvia Rebelo garante que não sentiu dificuldades em mudar o chip quando regressou ao clube.

Fizemos coisas boas no Mundial também como fruto do trabalho que é feito por todos os clubes ao longo da época. É fácil mudar o chip porque quem está no Benfica quer ganhar mais troféus e dar mais alegrias aos nossos adeptos”, disse.

Instada a partilhar a sua opinião sobre a polémica em torno do presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Luís Rubiales, na final do Mundial feminino, a defesa benfiquista escusou-se a tecer comentários.

Peço desculpa mas não vou responder a essa pergunta”, disse.

A meia-final da Supertaça Feminina entre o Benfica e o SC Braga realiza-se no Benfica Campus no sábado, pelas 15 horas, enquanto a outra meia-final, que opõe Famalicão e Sporting joga-se domingo, pelas 15 horas, no Complexo Desportivo do Famalicão.