Fórmula 1: Argentinos invadem São Paulo para torcer por um "excecional" Colapinto
Bandeiras e camisolas argentinas estiveram por toda parte na corrida brasileira, com um grande número de fãs nas bancadas e nos passeios acima do paddock para ver Colapinto de perto.
O jovem de 21 anos, que fez a sua estreia no Grande Prémio de Itália em setembro, substituindo Logan Sargeant, e que até agora somou cinco pontos em cinco corridas, é o primeiro piloto argentino na grelha desde Gaston Mazzacane, em 2001.
"Nunca tive alguém da Argentina (por quem torcer) e acho que é algo que os miúdos de hoje em dia têm comigo. E é algo muito, muito agradável de ver e muito positivo", disse Colapinto aos jornalistas.
A Argentina produziu o pentacampeão mundial Juan Manuel Fangio, mas não sobe ao topo do pódio desde a vitória de Carlos Reutemann na sua última corrida, em 1981, apesar da popularidade do desporto no país de 45 milhões de habitantes que acolheu uma corrida até 1998.
"Sinto-me orgulhoso por tudo o que ele representa, tanto a nível desportivo como humano. Ele tem recebido elogios de pessoas muito experientes. É maravilhoso. Ele está muito concentrado", disse o secretário argentino dos Desportos, Daniel Scioli, à Reuters. ".
Scioli teve uma reunião em Interlagos com o chefe executivo da Fórmula 1, Stefano Domenicali, numa abordagem para levar a Fórmula 1 de volta à Argentina, mas reconheceu que ainda há muito trabalho pela frente para que uma corrida seja eventualmente realizada lá.
"Nova sensação"
A autoridade local de São Paulo disse antes da corrida deste fim de semana que os argentinos já representavam a maioria dos estrangeiros que assistiram ao Grande Prémio do Brasil em 2023, e que se esperava um novo impulso este ano devido à "nova sensação".
O piloto da Williams recebeu elogios de colegas como os múltiplos campeões mundiais Lewis Hamilton e Max Verstappen, que disseram que ele estava a fazer um "excelente trabalho". Porém, não vai correr pela Williams em 2025, uma vez que a equipa já contratou Alexander Albon e Carlos Sainz. Recentemente, foi citado como um potencial substituto para Sergio Perez na Red Bull, já que o mexicano - que tecnicamente tem contrato até 2025 - tem tido dificildades ultimamente.
Hamilton disse que Colapinto precisava de ter a certeza que a sua equipa estava a fazer tudo o que podia para lhe arranjar um lugar na grelha para o próximo ano.
"Ele ganhou o direito de estar aqui", disse o sete vezes campeão do mundo aos jornalistas.
O diretor da equipa Williams, James Vowles, reconheceu que estavam "a explorar possibilidades com várias equipas interessadas", mas recusou-se a entrar em pormenores, referindo que tudo o que fosse além disso seria especulação.
"Ele é um piloto excecional. Olhem lá para fora. Estiveram aqui dezenas de milhares de pessoas para apoiar um piloto que esteve no nosso campeonato durante cinco corridas. Ele está a fazer um excelente trabalho em pista", disse Vowles.