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José Morais: "Não é só o poderio financeiro que determina o sucesso das equipas"

Rodrigo Coimbra
José Morais, treinador do Sepahan
José Morais, treinador do SepahanProfimedia
O Sepahan, de José Morais, volta a medir forças com o Al Hilal, de Jorge Jesus, com uma vaga nos quartos de final da Liga dos Campeões Asiática em jogo. O conjunto iraniano parte em clara desvantagem para o duelo da segunda mão, depois da derrota no primeiro duelo, por 1-3, mas não atira a toalha ao chão.

Acompanhe as principais incidências da partida

"O importante é focar naquilo que pode ser feito. O que fizemos no passado de bem ou menos bem não determina aquilo que podemos fazer no futuro. Dessa forma, há que focar no presente e ir a jogo. Um grande jogo motiva muita gente e disputar grandes jogos faz parte do dia a dia dos melhores. Uma equipa que ganha consecutivamente é, sem dúvida alguma, uma grande equipa e proporciona sempre um belo jogo", perspetivou José Morais, em declarações à sua assessoria de imprensa.

"O Sepahan e o Al Hilal são dois grandes clubes, mas são clubes diferentes. Eu treinei o Al Hilal, fui campeão, o poderio financeiro é importante, mas mais importante é a gestão do próprio poderio financeiro que permite construir uma equipa poderosa. É isso que eu entendo que faz a diferença. É necessário saber utilizar o poderio financeiro que se tem e o Al Hilal tem essa capacidade. Por isso, é considerado o melhor clube da Ásia. A equipa do Sepahan, no Irão, está à procura de uma gestão de qualidade para construir uma equipa poderosa, mas sem o poderio financeiro do Al Hilal. Mas não é só o poderio financeiro que determina o sucesso das equipas", acrescentou o treinador português.

A forma recente do Sepahan
A forma recente do SepahanFlashscore

José Morais garante que a sua equipa vai lutar até ao fim, mas reconhece que o caminho para o Sepahan é muito mais difícil do que o de alguns adversários na prova continental, nomeadamente o Al Hilal.

"Como equipa, e eu enquanto treinador, temos sempre o objetivo de fazer o melhor possível e o melhor possível é ganhar, mas naturalmente não estamos ainda no ponto em que podemos dizer que somos candidatos a vencer esta competição, tendo em conta os investimentos que estão a ser feitos por outros clubes árabes, a organização que clubes do Japão e Coreia do Sul demonstram... Isso faz-nos pensar que ainda há um caminho a fazer para crescermos o suficiente para um dia podermos dizer que vamos entrar na Liga dos Campeões da Ásia com as mesmas possibilidades de sucesso que equipas como, por exemplo, o Al Hilal têm", analisou.

"Neste momento ainda não é possível, mas podemos sempre sonhar. Não há impossíveis, daremos o nosso melhor, mas temos consciência que são realidades distintas", rematou.

Sepahan e Al Hilal discutem o passaporte para os quartos-de-final da Champions Asiática esta quinta-feira, dia 22, às 18:00, no Prince Faisal bin Fahd Stadium, casa dos sauditas.