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Ronaldo no Tajiquistão, Neymar na Índia e Benzema no Iraque: um ponto positivo no investimento árabe

Bruno Henriques
Cristiano Ronaldo vai ter jogo em Dunshabe
Cristiano Ronaldo vai ter jogo em DunshabeAl Nassr
Talvez com uma atenção mediática inédita, a Liga dos Campeões Asiática conheceu, esta quinta-feira, a composição dos grupos para a edição 2023/24. Com um verão de forte investimento, os emblemas da Arábia Saudita atraíram todos os olhares e vamos ter algumas das principais estrelas em palcos invulgares.

O investimento do governo no futebol da Arábia Saudita, através do tão badalado PIF, provocou um autêntico terramoto no desporto à escala mundial. A Europa, habitat dos principais nomes durante as últimas décadas, viu-se superada por um poderio financeiro sem precedentes e alguns dos grandes jogadores rumaram ao reino do Golfo.

Este êxodo acabou por ter influência direta na Liga dos Campeões. Considerada de forma unânime a maior prova do mundo de clubes, este ano vai ter um pouco de menos elã, sem Cristiano Ronaldo, Messi, Neymar e Benzema, nomes incontornáveis das últimas edições e que ajudaram a trazer alguma magia às noites de terça e quarta-feira.

Essa magia passou para versão asiática da prova e ganhou um significado diferente. Habituados a ver pela televisão Cristiano Ronaldo a marcar de pontapé de bicicleta ao Atlético Madrid, Benzema a decidir a final contra o Liverpool, Messi a serpentear adversários em Camp Nou ou Neymar a comandar reviravoltas históricas, muitos adeptos vão ter uma oportunidade única de ver estes craques em estádios onde há um ano seria impensável.

O Al Nassr, de Cristiano Ronaldo, vai defrontar o Istiqlol, do Tajiquistão, o que significa que há a possibilidade de cerca de 20 mil adeptos verem um dos melhores jogadores do mundo a atuar em Dushanbe. O Al-Ittihad, de Benzema, calhou no mesmo grupo do Al-Quwa Al-Jawiya, a equipa da Força Área do Iraque e joga em Bagdade, capital do Iraque que poucas vezes ouvimos falar por motivos desportivos. Por último, o Al Hilal, de Neymar, vai até à Índia defrontar o Mumbai City, sediado numa metrópole com mais de 12 milhões de pessoas.

Os jogadores estão ansiosos por defrontar um dos melhores do mundo, mas sabemos que não vai ser fácil”, admitiu Des Buckingham, treinador do campeão indiano que viu os jogadores celebrarem o sorteio.

Afinal de contas, desde Messi, em 2011, que a Índia não vê uma estrela desta dimensão passear nos seus relvados. Antes, só Pelé, em 1977, num jogo de exibição em Calcutá.

Para já este é um dos pontos positivos do investimento faraónico da Arábia Saudita. A magia da Liga dos Campeões ganhou outro signifcado e mesmo não sendo a prova europeia, com hino que faz todos os jogadores sonhar, vários adeptos vão poder viver as emoções que até há bem pouco tempo estavam reservadas aos principais palcos do Velho Continente.