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FC Porto vence Al Arabi (4-0): As primeiras notas da nova era do Dragão

Rodrigo Mora protege a bola perante Verratti
Rodrigo Mora protege a bola perante VerrattiFC Porto
Depois de três testes à porta fechada, o primeiro vislumbre público do FC Porto de Vítor Bruno. Após sete anos de consulado de Sérgio Conceição, maleável entre o 4x3x3 e o 4x4x2, existia a curiosidade de perceber o sistema escolhido pelo antigo adjunto, e as dúvidas ficaram desfeitas. Novas dinâmicas, muita juventude e uma segunda vida foram outros dos tópicos que marcaram esta partida.

Depois de bater Sanjoanense (4-0), Chaves (4-0) e Nacional (4-1) no Olival, o FC Porto manteve a pré-temporada vitoriosa com um triunfo diante dos cataris do Al Arabi, onde joga Marco Verratti (que foi titular), outra vez por quatro golos. O adversário não provocou grandes dificuldades, mas um dragão sério já mostrou algumas das ideias de Vítor Bruno.

Reveja aqui as principais incidências da partida

O onze escolhido por Vítor Bruno
O onze escolhido por Vítor BrunoFlashscore

Duplo pivô

O onze deu uma pista, com a presença de três médios, e o jogo confirmou. Este novo FC Porto mantém o duplo pivô com que Sérgio Conceição terminou a temporada passada – neste caso Nico González teve a companhia de Marko Grujic – e acrescentou-lhe um 10 declarado à frente na pessoa de Rodrigo Mora.

Nico González celebrou pelo FC Porto
Nico González celebrou pelo FC PortoFC Porto

Os primeiros sinais mostraram uma dinâmica mais ofensiva. À vez, Grujic ou Nico González avançavam para terrenos mais adiantados e chegavam mesmo a invadir a área. É, de resto, assim que Nico González marca, aos 60 minutos o terceiro golo do FC Porto.

No segundo tempo mudaram os intérpretes (Alan Varela e Vasco Sousa no duplo pivô, com Iván Jaime a 10), mas a dinâmica manteve-se.

Extremos interiores

O FC Porto surgiu nas faixas com dois jogadores que dificilmente associamos a extremos. Romário Baró, um médio de formação, apareceu no lado direito, Danny Namaso, um avançado, no lado esquerdo. E, de facto, os dois pisaram quase sempre terrenos centrais, deixando a faixa para os laterais conferirem largura.

Romário Baró foi o extremo direito no papel
Romário Baró foi o extremo direito no papelFC Porto

Um movimento que acabou por resultar, já que Danny Namaso inaugurou o marcador numa entrada pela área, lançado por Grujic. 

A entrada de Gonçalo Borges e Galeno não mudou a dinâmica. Apesar de ambos serem mais jogadores de faixa, fletiram quase sempre para o meio. 

Muita juventude

Sem algum dos principais nomes, a gozarem férias depois da participação nas provas continentais (Euro-2024 e Copa América), Vítor Bruno acabou por recorrer aquilo que considerou ser o ouro da casa. Gabriel Brás, Martim Cunha e Rodrigo Mora entraram no onze estiveram em destaque.

O médio, de resto, foi um dos jogadores mais ativos. Mexido e com bom toque de bola, mostra um entendimento de jogo anormal para alguém que ainda não tem idade para tirar a carta de condução. Esteve perto do golo aos 35 minutos com um belo remate.

Gabriel Brás esteve seguro, tal como Martim Cunha, mas nenhum teve muito trabalho já que o Al Arabi foi perfeitamente inofensivo. Gonçalo Sousa, Vasco Sousa e Diogo Fernandes tiveram direito a minutos na segunda parte.

Gabriel Brás foi titular na defesa
Gabriel Brás foi titular na defesaFC Porto

Nova vida

Proscritos por Sérgio Conceição em abril, Toni Martínez, André Franco e Iván Jaime começam com folha limpa para Vítor Bruno. Os três estão integrados no plantel e tiveram minutos para se mostrarem ao novo técnico.

O avançado espanhol foi titular e acabou por marcar o segundo golo do FC Porto, dando outro colorido a uma exibição que até nem estava a ser muito inspirada.

Iván Jaime entrou bem no segundo tempo, com boas combinações, enquanto André Franco dinamizou o lado direito também. Os dois combinaram bem na jogada que culminou no quarto golo do FC Porto, apontado por Fran Navarro aos 90 minutos. De resto, o avançado espanhol também procura uma nova vida no Dragão, onde chegou no verão passado, vindo do Gil Vicente, mas nunca teve espaço e acabou no Olympiacos em janeiro.

Uma nova era no banco, uma nova vida para os jogadores.