Fulham vence Benfica (1-0) e conquista Troféu do Algarve: as notas de destaque das águias
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Há dúvidas mas são poucas
No último teste, parecem haver cada vez menos dúvidas sobre o onze-tipo que Roger Schmidt prepara para começar 2024/2025, uma vez que o onze do Feyenoord repetiu-se. Beste, reforço contratado ao Heidenheim, ganhou a esquerda a Carreras, Bah está de pedra e cal à direita. No meio, e ainda sem Otamendi, Tomás Araújo está a ganhar rodagem com António Silva ainda no banco. Também sem Di María, a opção tem passado pelo regresso ao passado, com os médios mais interiores, João Mário e Aursnes, e com um dos destaques da pré-época, Prestianni, atrás do reforço que mais expectativas tem criado, Pavlidis.
Morato e as bolas paradas
As bolas paradas continuam a ser um problema persistente nesta pré-temporada, tal como os erros individuais de Morato. Ontem foram mais dois, só no primeiro quarto de hora: aos 5' permitiu um contra-ataque rápido, resolvido por Tomás Araújo, que foi obrigado a ceder canto, e aos 14' mais um mau passe do brasileiro, a deixar a bola para Rodrigo Muniz, que colocou Iwobi na cara do golo. Foram também em dois cantos, aos 6' e aos 14', que o Fulham conseguiu ganhar na área, no jogo aéreo, com facilidades na marcação à zona do Benfica. O golo inglês chegou mesmo aos 21', em nova perda de bola encarnada, desta vez de Leandro Barreiro, perante a pressão de Traoré, com Iwobi a assinar o 1-0.
Prestianni e Pavlidis: sim
Viu-se pouco Benfica na primeira parte mas os aplausos que saíram foram para os suspeitos do costume. Prestianni sempre desconcertante, a dar muito trabalho ao último reduto do Fulham, e Pavlidis a dar-se a conhecer aos ingleses, primeiro aos 43 minutos, quando quase conseguiu o desvio a uma bola cruzada por Bah, e depois aos 45', num belíssimo remate à meia volta, que levou Leno a aplicar-se. Não se sabe como vão ficar as contas com Di María, Kokçu e companhia, mas Prestianni, este Prestianni, tem de ser titular na melhor versão deste Benfica.
Kokçu, Neres e Marcos na luta
Para a segunda parte Roger Schmidt lançou Álvaro Carreras no lugar de Beste, mantendo Morato no centro, ao abdicar de Tomás Araújo para colocar António Silva no seu lugar habitual, à direita da dupla de centrais.
O que se viu, porém, foi mais Pavlidis - aos 52' rematou de pé direito com perigo - e ainda mais Prestianni - incrível a ocasião, aos 53', com o remate a bater nos dois postes da baliza do Fulham - antes de Aursnes, aos 61', ter visto Bassey impedir o empate com um corte em cima da linha.
Aos 65 minutos Roger Schmidt fez mais três alterações, com destaque para os primeiros minutos da pré-época de Kokçu, substituindo Prestianni, além de David Neres por Barreiro e Marcos Leonardo por Pavlidis. O internacional turco, um minuto depois de ter entrado, recebeu uma bola de Aursnes e rematou rasteiro para grande defesa de Leno.
A verdade é que, apesar da boa réplica do Benfica na segunda parte, as substituições de parte a parte retiraram algum ritmo e até foi o Fulham a ameaçar o 2-0, aos 81 minutos, quando Sessegnon escapou a Bah e cruzou para Jiménez ganhar ao segundo poste e Harry Wilson, de cabeça, obrigar Trubin a uma defesa difícil, à segunda.
Despedida de Arthur Cabral?
Aos 87 minutos Roger Schmidt lançou mais três jogadores, com natural destaque para Arthur Cabral, que pode mesmo ter feito os últimos minutos com a camisola do Benfica. O avançado brasileiro está em vias de seguir para o Brentford, precisamente da Premier League, podendo voltar a medir forças com o Fulham. Além de Arthur Cabral, também Martim Neto mereceu mais alguns minutos, no lugar do (capitão) João Mário, bem como Tiago Gouveia, sempre a alternativa número 1 a Bah na lateral-direita.
Dos três, foi Martim Neto o primeiro a aproveitar a oportunidade, com um grande remate aos 89', que Leno desviou para canto com mais uma enorme intervenção, e uma abertura para David Neres, aos 90+6', que o brasileiro não chegou.