Recorde aqui as incidências do encontro
O Brasil não fez um jogo mau, mas teve pela frente um adversário aguerrido, que foi premiado pelo seu esforço. Os anfitriões sabiam que podiam fazer história com um resultado positivo e trataram de criar muitas dificuldades aos pentacampeões do mundo. No terceiro confronto entre ambas as equipas, esta foi a primeira vitória marroquina.
Apoiados por um público fervoroso composto por 65 mil vozes, os Leões do Atlas nunca estiveram em tão boa posição para vencer uma potência global. Depois de abrir o marcador no primeiro tempo, Marrocos viu o guarda-redes Bono a ficar perto de deitar tudo por água abaixo e a ter uma grande influência no resultado final. Sabiri "salvou a pele" do companheiro quando o jogo encaminhava estava perto do final.
A confiança do público marroquino ficou clara com gritos de "olé" a poucos segundos do apito final. A equipa correspondeu em campo, muito bem organizada e com uma forte marcação. Se não fosse pelo guarda-redes Bono, Marrocos teria uma primeiro parte bem mais tranquila.
O guardião parecia ter alguma intenção de "entregar o ouro" com duas falhas seguidas fora da área. Aos 23 minutos, redimiu-se de um erro na saída da bola com duas defesas seguidas. Dois minutos depois, saiu para cortar um passe longo para Vini Jr, sendo traído por um toque a meio do caminho. A bola sobrou limpa para o brasileiro fazer o golo, mas o VAR, por sorte, indicou fora de jogo.
Pressão e bola na rede
Foi a fazer pressão alta na saída de bola do Brasil que Marrocos encontrou o caminho do golo. Emerson Royal foi desarmado e Boufal, com uma boa finalização, bateu Weverton, que rendeu o indisposto Ederson - enquanto Alisson não foi convocado.
A partida não era tudo menos um amigável com os jogadores a ficarem irritados com a arbitragem de um árbitro (Sadok Selmi, da Tunísia) que demonstrava não ter o controlo do jogo.
Foi por pouco que Marrocos não fez o 2-0 numa boa troca de passes que voltou a criar perigo. O Brasil dava alguns espaços mas também chegava à área adversária, pecando no último terço e saiu em desvantagem para o intervalo.
Melhor ritmo no segundo tempo e castigo
O volume de jogo do Brasil foi mais intenso na segunda metade, com Marrocos a ter menos espaço para pensar e sendo mais pressionado. Weverton até chegou a ser testado por Ounahi num remate de longe, mas foram os visitantes que criavam com mais consistência.
Bono tanto quis que conseguiu ajudar o Brasil a marcar. Aos 67minutos, Casemiro chutou fraco, para o meio da baliza, com o guarda-redes marroquino a deixar escapar uma bola fácil. O golo chegou logo depois das mudanças que ajudaram no ritmo ofensivo da equipa com as entradas de Veiga, Vitor Roque e Antony.
Quando a reviravolta parecia mais provável, o Brasil foi castigado por uma falha defensiva. Foi dado espaço para um cruzamento da esquerda, que Militão não conseguiu afastar. Sabiri foi oportunista ao finalizar de primeira, com a bola a bater na trave antes do estádio explodir novamente.
Faltavam 12 minutos para o fim, com um resultado histórico à mercê dos marroquinos. Os gritos de "olé" aos 87 minutos voltaram com força total para dar início à comemoração antes do apito final. Ao contrário da maioria das equipas, o Brasil fez apenas este jogo durante a pausa internacional.