Empate com sabor a vitória: Portugal faz história em casa da campeã da Europa (0-0)
Recorde as incidências do jogo
Depois da qualificação inédita para o Campeonato do Mundo, que começa daqui a três semanas, Portugal encontra-se já há algumas semanas a preparar a competição e, este sábado, disputou o primeiro de dois - três em quatro se contarmos com os encontros frente a Japão e País de Gales - jogos particulares. Pela frente estava nada mais nada menos que Inglaterra, campeã europeia, e que, com Sarina Wiegman - bicampeã da Europa - no comando, ainda não perdeu qualquer jogo oficial.
Bons indicadores
Milton Keynes vestiu-se de gala e esgotou para receber este encontro de preparação e, no relvado, Francisco Neto não mudou a forma de jogar da sua equipa, mantendo o sistema tradicional. Como seria de esperar, a seleção inglesa, que demonstrou ser fisicamente mais forte, superiorizou-se na fase inicial, dispondo de mais posse de bola. A primeira ocasião de perigo apareceu aos cinco minutos, com Inês Pereira a parar um cabeceamento perigoso de Rachel Daly.
O repto estava lançado e Portugal começou paulatinamente a melhorar, disputando mais a posse de bola, afastando as inglesas da sua baliza e aproveitando as transições ofensivas para chegar perto da área de Mary Earps.
Francisco Neto ia pedindo à equipa para apostar no jogo exterior, de modo a surpreender as inglesas, e Portugal até terminou o primeiro tempo mais perto da baliza da campeã europeia do que o contrário. No entanto, Inglaterra podia ter inaugurado o marcador na última oportunidade da primeira parte, mas o desvio de Georgia Stanway acertou em cheio na baliza de Inês Pereira. O nulo seguiu para a etapa complementar e para a história ficou uma exibição bastante personalidade de Portugal, que conseguiu parar uma das grandes potenciais da modalidade.
Começou mal...
Wiegman promoveu três alterações ao intervalo e Francisco Neto também foi forçado a fazer o mesmo logo nos primeiros minutos da segunda parte. Kika Nazareth lesionou-se numa disputa de bola com Keira Walsh, não conseguiu recuperar, saiu a chorar e Ana Capeta saltou para o terreno de jogo. As inglesas voltaram a entrar melhor, com Hemp (53 minutos) e Chloe Kelly (54 minutos) a ficarem perto de marcar. Antes da hora de jogo foi a vez de Ana Borges brilhar, ao negar o golo a Alessia Russo em cima da linha.
As inglesas estavam na melhor fase do encontro e continuaram a colecionar oportunidades, com a bola a voltar a beijar o ferro da baliza portuguesa aos 60 minutos, a cabeceamento de Lucy Bronze. No minuto seguinte, Russo voltou a aparecer com perigo na sequência de uma perda de bola de Catarina Amado, mas o remate saiu ligeiramente ao lado.
Todavia, Portugal ficou perto de marcar pouco depois, e de forma bastante inusitada: Lauren Hemp atrasou a bola para Mary Earps que, de forma inexplicável, não conseguiu receber a bola e viu o esférico passar a centímetros do seu poste esquerdo. Portugal estava de novo liberto do sufoco inglês e manteve-se tranquilo até ao fim. As substituições continuaram a aparecer e o ritmo de jogo baixou, sem que o nulo conseguisse ser quebrado.
Mulher do jogo Flashscore: Inês Pereira (Portugal)