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Empate com sabor a vitória: Portugal faz história em casa da campeã da Europa (0-0)

Tiago Alexandre
Portugal vai defrontar a Ucrânia na próxima sexta-feira
Portugal vai defrontar a Ucrânia na próxima sexta-feiraFPF/Opta by Stats Perform
A seleção treinada por Francisco Neto não se intimidou perante a campeã europeia e um estádio completamente esgotado, e empatou sem golos. Este resultado tem um sabor ainda mais especial se tivermos em conta que Portugal nunca tinha saído de Inglaterra sem conhecer o sabor da derrota. Apesar de os sinais serem positivos, a lesão de Kika Nazareth foi o ponto mais baixo deste jogo particular.

Recorde as incidências do jogo

Depois da qualificação inédita para o Campeonato do Mundo, que começa daqui a três semanas, Portugal encontra-se já há algumas semanas a preparar a competição e, este sábado, disputou o primeiro de dois - três em quatro se contarmos com os encontros frente a Japão e País de Gales - jogos particulares. Pela frente estava nada mais nada menos que Inglaterra, campeã europeia, e que, com Sarina Wiegman - bicampeã da Europa - no comando, ainda não perdeu qualquer jogo oficial.

Equipas iniciais
Equipas iniciaisFlashscore

Bons indicadores

Milton Keynes vestiu-se de gala e esgotou para receber este encontro de preparação e, no relvado, Francisco Neto não mudou a forma de jogar da sua equipa, mantendo o sistema tradicional. Como seria de esperar, a seleção inglesa, que demonstrou ser fisicamente mais forte, superiorizou-se na fase inicial, dispondo de mais posse de bola. A primeira ocasião de perigo apareceu aos cinco minutos, com Inês Pereira a parar um cabeceamento perigoso de Rachel Daly.

O repto estava lançado e Portugal começou paulatinamente a melhorar, disputando mais a posse de bola, afastando as inglesas da sua baliza e aproveitando as transições ofensivas para chegar perto da área de Mary Earps.

Francisco Neto ia pedindo à equipa para apostar no jogo exterior, de modo a surpreender as inglesas, e Portugal até terminou o primeiro tempo mais perto da baliza da campeã europeia do que o contrário. No entanto, Inglaterra podia ter inaugurado o marcador na última oportunidade da primeira parte, mas o desvio de Georgia Stanway acertou em cheio na baliza de Inês Pereira. O nulo seguiu para a etapa complementar e para a história ficou uma exibição bastante personalidade de Portugal, que conseguiu parar uma das grandes potenciais da modalidade.

Estatísticas ao intervalo
Estatísticas ao intervaloFlashscore

Começou mal...

Wiegman promoveu três alterações ao intervalo e Francisco Neto também foi forçado a fazer o mesmo logo nos primeiros minutos da segunda parte. Kika Nazareth lesionou-se numa disputa de bola com Keira Walsh, não conseguiu recuperar, saiu a chorar e Ana Capeta saltou para o terreno de jogo. As inglesas voltaram a entrar melhor, com Hemp (53 minutos) e Chloe Kelly (54 minutos) a ficarem perto de marcar. Antes da hora de jogo foi a vez de Ana Borges brilhar, ao negar o golo a Alessia Russo em cima da linha.

As inglesas estavam na melhor fase do encontro e continuaram a colecionar oportunidades, com a bola a voltar a beijar o ferro da baliza portuguesa aos 60 minutos, a cabeceamento de Lucy Bronze. No minuto seguinte, Russo voltou a aparecer com perigo na sequência de uma perda de bola de Catarina Amado, mas o remate saiu ligeiramente ao lado.

Todavia, Portugal ficou perto de marcar pouco depois, e de forma bastante inusitada: Lauren Hemp atrasou a bola para Mary Earps que, de forma inexplicável, não conseguiu receber a bola e viu o esférico passar a centímetros do seu poste esquerdo. Portugal estava de novo liberto do sufoco inglês e manteve-se tranquilo até ao fim. As substituições continuaram a aparecer e o ritmo de jogo baixou, sem que o nulo conseguisse ser quebrado.

Mulher do jogo Flashscore: Inês Pereira (Portugal)