O embate entre a Nova Zelândia e o Catar, que se disputa na Áustria, acabou envolvido em polémica. A vencer por 1-0, os All Whites decidiram não regressar para o segundo tempo e a partida foi abandonada.
Através de uma curta nota no Twitter, a federação neozelandesa revelou que Michael Boxall foi abusado racialmente por um adversário durante a primeira parte da partida. Os responsáveis fizeram queixa ao árbitro que não tomou nenhuma medida, justificando a decisão.
Do lado catari, acabou por ser Carlos Queiroz, mais tarde, a dar a sua versão dos acontecimentos, em declarações à imprensa catari, ainda no relvado.
"Ao intervalo, surpreendentemente, o capitão da Nova Zelândia informou-nos que tinham decidido não voltar ao jogo. Abandonaram o jogo. Os factos são os seguintes: aparentemente dois jogadores dentro de campo trocaram palavras, quem disse primeiro, quem disse depois, é apenas entre eles. Os jogadores da Nova Zelândia decidiram apoiar o seu companheiro de equipa. Como é óbvio toda a nossa equipa decidiu apoiar o nosso jogador mas o staff da Nova Zelândia apoia também a versão do seu jogador e decidiram abandonar o jogo, sem testemunhas do que ocorreu", explicou o selecionador do Catar.
"O árbitro não ouviu, os bancos, os treinadores, ninguém ouviu. Foi apenas uma discussão entre jogadores e acho que este é um novo capítulo, que por certo ninguém entende. Agora deixemos as autoridades do futebol tomarem uma decisão sobre o que aconteceu neste jogo amigável. Acho que este caso ficará sob observação da FIFA. Perguntei ao treinador, aos árbitros, ninguém ouviu nada, pelo que aparentemente sem testemunhas não sei como a FIFA vai lidar com esta situação", acrescentou Carlos Queiroz.