Wirtz, Kroos e revolução de Nagelsmann colocam fim à crise alemã com vitória em França (0-2)
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Ainda antes de ser possível dizer alguma coisa sobre as equipas, já Wirtz tinha inaugurado o marcador. Logo aos sete segundos, a jogada estudada dos germânicos no pontapé de saída abriu espaço no centro do terreno para um passe primoroso de Kroos e o resto foi puro talento do jovem médio do Leverkusen que, com um remate potente à entrada da área, deixou Samba pregado ao relvado. Isto, no mesmo dia em que Baumgartner bateu o recorde internacional, ao marcar... aos seis segundos.
Passado o êxtase, convinha recordar que Griezmann falhou finalmente um jogo pela França ao fim de 84 aparições consecutivas, enquanto na revolução de Nagelsmann - que arrancou com o pé direito - o destaque claro vai para o regresso de Toni Kroos e a presença de Mittelstadt na lateral esquerda.
Ninguém diria que o médio do Real Madrid esteve afastado da Mannschaft durante três anos tal a forma como tomou conta do miolo. Do outro lado, valia a irreverência de Mbappé a agitar as águas para a turma de Deschamps, primeiro num foguete que saiu ao lado do poste, depois numa tentativa de chapéu lida perfeitamente por Ter Stegen.
A turma de Deschmaps cresceu até ao descanso, mas não conseguiu encontrar o caminho para o empate e viria a ser punida por isso mesmo no recomeço: Florian Wirtz passou do papel principal para terciário com um excelente passe a lançar Musiala na área, o jovem do Bayern contornou Samba e ofereceu o golo a Havertz. Tão simples que nem parecia uma equipa em crise.
Muito desapoiado, o guarda-redes do Lens brilhou à entrada para os últimos 10 minutos com três defesas consecutivas de grande nível. Primeiro negou o remate cruzado de Mittelstadt, depois a tentativa do veterano Thomas Muller e, na sequência, teve que voar para evitar o remate colocado do estreante Deniz Undav.
Os adeptos franceses ainda ficaram perto de celebrar um golo, mas a sorte não quis nada com anfitriões. Mbappé, o melhor da equipa, voltou a fugir pela esquerda, cruzou ao segundo poste, onde apareceu Mittelstadt, num lance algo caótico, a desviar com o braço em direção à própria baliza e Rudiger, bombeiro de serviço, a afastar contra a trave.
Nos descontos, o melhor marcador da história dos Bleus, Olivier Giroud, ficou perto de um golo espetacular num movimento de artes marciais, mas não acertou na baliza.