Euro-2024: Alemanha, território familiar para vários jogadores da seleção espanhola
- Olmo, uma nova dimensão em Leipzig
Formado em La Masia (centro de formação do Barcelona), Dani Olmo (26 anos) sabe o que é brilhar pela La Roja, mas não na LaLiga, uma competição que nunca disputou.
Com apenas 16 anos, o jogador nascido em Terrasa rumou ao Dínamo de Zagreb, da Croácia, onde, depois de uma passagem pelas camadas jovens, impôs-se na equipa principal.
Em 2020, depois de uma época em Zagreb, em que jogou na Liga dos Campeões, assinou pelo RB Leipzig, onde o avançado atingiu uma nova dimensão.
"Para mim, é uma motivação extra jogar aqui na Alemanha, nos estádios onde normalmente jogo todos os fins-de-semana", disse Olmo em conferência de imprensa na quinta-feira.
Nas suas cinco épocas na Bundesliga, Olmo marcou 29 golos e distribuiu 34 assistências em todas as competições (148 jogos) e tornou-se uma referência no futebol europeu, tanto pela sua passagem pela seleção espanhola como pela sua presença regular na Liga dos Campeões.
"As pessoas aqui conhecem-me bem. Gosto da Bundesliga, que é muito jovem, muito física, muito direta, com muitas jogadas de ataque e defesa. E isso é muito bom para o meu jogo", acrescentou.
- Grimaldo, história com o Bayer Leverkusen
Alex Grimaldo (28 anos), outro jogador da La Masia, fará a sua estreia na Liga dos Campeões no ano que vem, depois de uma passagem de sucesso pelo Benfica, antes de se transferir para o Bayer Leverkusen, de Xabi Alonso, no verão passado.
O valenciano brilhou na ala esquerda do Bayer Leverkusen, sobretudo com a sua vocação ofensiva.
Numa época histórica para o clube alemão, Grimaldo marcou 12 golos e fez 19 assistências em 51 jogos em todas as competições, um contributo fundamental para a dobradinha (Bundesliga e Taça da Alemanha) que lhe abriu as portas da seleção espanhola, em setembro de 2023, aos 28 anos.
- Carvajal, a consagração em Leverkusen
Há mais de uma década, Dani Carvajal (32 anos) destacou-se no flanco oposto do Bayer Leverkusen, depois de ter chegado do Real Madrid Castilla.
Na época 2012/2013, Carvajal deu nas vistas no Leverkusen, com um desempenho que o levou a ser incluído no melhor onze da Bundesliga no final da época, e que levou o Real Madrid a executar a cláusula de compra para recuperar o madrileno, um jogador fundamental na última década de sucesso do clube.
- Joselu, "made in Germany"
A Alemanha é também um país especial para um dos familiares de Carvajal, o seu cunhado Joselu (34 anos). Filho de emigrantes galegos, nasceu em Estugarda, a uma hora de carro de Donaeueschingen, onde se situa a base da seleção alemã para este Campeonato da Europa. A família regressou a Espanha, onde deu os primeiros passos no futebol.
Depois de treinar no Celta de Vigo e no Real Madrid, ingressou no Hoffenheim, onde jogou a época de 2012/2013, antes de ser emprestado ao Eintracht Frankfurt na época seguinte.
Foi com as águias que viveu a sua época de maior sucesso na Alemanha, marcando 14 golos em 33 jogos em todas as competições. Em junho de 2014, assinou pelo Hannover 96, onde jogou uma época, em que voltou a ter sucesso, marcando 10 golos em 32 jogos no campeonato e na taça.
O seu bom desempenho na época 2022/2023 com o Espanhol, embora os seus 16 golos não tenham evitado a despromoção da equipa de Barcelona, serviu-lhe, agora na casa dos trinta, para abrir as portas da seleção espanhola e regressar ao Real Madrid, onde jogou na época passada.
- Merino, breve passagem pelo Dortmund
Mikel Merino (27 anos), um dos destaques da Real Sociedad nas últimas temporadas, teve uma breve passagem pelo Borussia Dortmund na temporada 2016/2017.
O jogador navarro chegou ao Dortmund vindo do Osasuna e partilhou o balneário com o também espanhol Marc Bartra, na altura jogador da seleção espanhola.
Ao contrário do catalão, habitual nas rotações do então treinador Thomas Tuchel, Merino fez nove jogos, apenas dois deles como titular, antes de sair em junho de 2017 para o Newcastle, treinado por Rafa Benítez.
"As memórias que tenho são boas, apesar de ser muito jovem e não ter tido os minutos que gostaria de ter tido", avaliou Merino, em conferência de imprensa na quarta-feira, sobre a sua experiência em Dortmund.
"Quando olho para trás, a minha memória é muito positiva (...), aprendi muito, ajudou-me a ver o que era realmente o mais alto nível do futebol", recordou.