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Antes de fazer carreira no Santiago Bernabéu, Dani Carvajal teve de fazer as malas. O seu caso faz lembrar o de tantos outros jovens da formação que tiveram de suar fora de casa para conquistar um lugar na equipa principal. Exemplos não faltam: Fran García (Rayo Vallecano), Lucas Vázquez (Espanyol) ou até mesmo Joselu Mato, cujo caso é ainda mais especial porque o doce prémio foi de curta duração, depois de uma carreira como peão de futebol em três países diferentes.

O jogador do Real Madrid passou apenas uma época, 2012/13, fora de casa. Esse Bayer Leverkusen pouco tinha a ver com o de Xabi Alonso, sobretudo porque este último fez história e atingiu patamares inimagináveis. Disputou um total de 36 jogos, incluindo a Liga Europa, e foi um jogador fundamental (fez oito assistências, atrás apenas de Gonzalo Castro e em igualdade com Stefan Kießling, além de ter marcado um golo).

Num reencontro entre passado e presente, Kamila Benschop veio a Donaueschingen para se encontrar com o seu antigo aluno: "Temos muitas saudades dele. Por vezes, recordamos que, na altura, ele queria jogar no Real Madrid e na seleção espanhola, enquanto eu queria ser jornalista e entrevistá-lo um dia. Hoje, ambos o conseguimos, e estou muito feliz por isso", explicou o jornalista.

Carvajal, por seu lado, admitiu que "esqueceu um pouco" a língua, embora se tenha atrevido a dizer algumas palavras em frente à câmara da MagentaTV, o canal onde Kamila trabalha. O contexto é idílico: La Roja e La Mannschaft defrontam-se esta sexta-feira por um lugar nas meias-finais do Campeonato da Europa. E o defesa de 32 anos certamente desempenhará um papel fundamental para deter Musiala e companhia.