"Em alguns momentos", "já" se sentiu como um peão, admitiu o defesa-central ao jornal Süddeutsche Zeitung.
A direção do Bayer 04 Leverkusen abordou-o após a época passada. Foi-lhe pedido que decidisse "se prolongava o contrato ou se deixava o clube", disse Jonathan Tah: "Esse foi o ponto de partida. E depois veio a minha parte: informei o clube que não iria prolongar o meu contrato".
Fez "tudo o que um jogador pode fazer: comunicar os meus desejos de forma clara e aberta. Mas depois disso, um jogador está de fora, os clubes têm de chegar a um acordo".
O Bayern de Munique e o Leverkusen não o conseguiram fazer. Também porque o presidente do Bayer, Fernando Carro, criticou publicamente o diretor desportivo do Bayern, Max Eberl. Várias ofertas não levaram a um acordo. Tah sublinhou que "queria que tudo fosse o mais racional possível e que não houvesse tanta emoção envolvida".
Rumores incómodos
Tah referiu que tinha sofrido com os rumores e especulações recorrentes: "Nós, jogadores, estamos muito bem, não me interpretem mal, mas numa situação como esta, somos dependentes e já não temos qualquer controlo".
O seu futuro não resolvido também o preocupou durante o período de férias após o Campeonato da Europa. A época passada foi longa e cansativa e ele tinha a intenção de usar as férias para "ser Jonathan Tah a pessoa por uma vez, não Jonathan Tah o jogador de futebol". Mas: "É difícil desligar-se quando há um burburinho constante à nossa volta".
Por enquanto, quer concentrar-se nas suas tarefas em Leverkusen com todo o profissionalismo. No entanto, a decisão de deixar o clube no verão de 2025, o mais tardar, já está tomada. Depois de "nove anos em Leverkusen" e de ter ganho o campeonato e a Taça da Alemanha, sente que já alcançou tudo.
"Uma carreira no futebol é curta, e é por isso que sempre foi minha ideia tirar tudo o que for possível, levar toda a experiência comigo. Eu só quero realizar o potencial que existe na minha carreira", finalizou.