Campeonato de Portugal: Festa do título começou no Jamor e prossegue em Amarante
Recorde aqui as incidências da partida
O Amarante sonhava com a conquista do primeiro troféu nacional da sua história e, no final, a turma de Renato Coimbra celebrou efusivamente no Jamor, após um triunfo inequívoco.
Desde muito cedo que a mata do Estádio Nacional foi invadida por adeptos do Vitória de Setúbal e do Amarante. Equipados a rigor com as cores das suas equipas, milhares de pessoas confraternizaram até ao início da partida com muita comida e bebida à mistura.
Em maior número, os adeptos sadinos contribuíram bastante para que fosse batido o recorde de assistência (10.136 espetadores) em finais do Campeonato de Portugal.
O jogo decorreu sem grandes problemas nas bancadas. Apenas nos últimos minutos a Polícia de Segurança Pública (PSP) foi obrigada a intervir para retirar alguns adeptos sadinos, que estavam perto da bancada reservada aos adeptos do Amarante.
Apesar do desalento com o resultado, a formação liderada por Zé Pedro teve enorme fair-play, fazendo a guarda de honra aos novos vencedores do Campeonato de Portugal antes de receberem o troféu. O treinador sadino admitiu que os erros individuais precipitaram o desfecho do resultado.
"O Amarante foi mais forte. Entrámos bem e tivemos chances, mas não estivemos bem em termos defensivos e ofensivos, e cometemos erros que deram os dois primeiros golos", adiantou aos jornalistas.
O histórico emblema de Amarante, que conta 101 anos de vida, venceu assim o seu primeiro título nacional. O técnico Renato Garrido, amarantino de gema, conta já com quatro subidas de divisão e levantou um pouco do véu sobre o que está na base destas conquistas.
“Tenho orgulho no meu percurso. Comecei de baixo, na Associação de Futebol do Porto, no futebol distrital. É curioso que para treinar nos patamares acima tive sempre que subir. Acho que é muita dedicação e resiliência, e uma liderança que faz os jogadores acreditar”, admitiu.
Olhando para trás, Renato Garrido revelou que sempre acreditou que poderia colocar o Amarante na Liga 3.
“Quando fui convidado, sabia o potencial do clube, pois joguei na formação. Sentia o clube muito adormecido. No ano passado, estivemos a 15 minutos de subir e não conseguimos segurar a vantagem”, afirmou.
A maior vitória, segundo Garrido, foi “ter conseguido trazer três mil e quinhentas pessoas ao Estádio Nacional”, em Oeiras: “Acho que é um título importantíssimo, o primeiro do Amarante, e vamos ficar na história”.
O técnico não confirmou a continuidade ao leme do emblema amarantino, mas garantiu aos jornalistas não ter dúvidas de que o clube está preparado para a Liga 3.
“Vou confidenciar o que disse ao intervalo: com este espírito, e esta equipa, se ficar, vamos lutar pelos primeiros lugares da Liga 3”, expressou Renato Garrido, que admitiu não ter a possibilidade de juntar-se à festa em Amarante, pelo facto de estar a tirar o curso de treinador (Nível 3) em Quiaios.