Cinco argumentos da federação mexicana para confiar em Javier Aguirre
"Estamos muito satisfeitos em anunciar a chegada de Javier Aguirre como diretor técnico da seleção nacional", disse Duilio Davino, diretor de seleções da Federação Mexicana de Futebol, num vídeo postado nas redes sociais.
Davino também confirmou que o ex-jogador mexicano Rafael Márquez vai acompanhar Aguirre neste projeto.
"Oferecemos-lhe ser assistente de Javier até 2026, para que ele possa contribuir com os seus conhecimentos nestes dois anos e depois assumir a liderança da direção técnica no processo 2026-2030".
Javier terá assim a sua terceira passagem como treinador do Tricolor. Nas duas anteriores, chegou de emergência para ajudar o México a qualificar-se para os Mundiais da Coreia-Japão, em 2002, e da África do Sul, em 2010.
No Mundial daquele ano, Aguirre deu a braçadeira de capitão a Márquez, aos 23 anos; na de 2010, voltou a dar ao Kaiser essa responsabilidade de liderança.
Os atributos de Aguirre
As escolhas de Aguirre, de 65 anos, e Márquez, de 45, surgem após o anúncio do despedimento do antigo treinador Jaime Lozano, na passada terça-feira, na sequência da eliminação na fase de grupos da Copa América.
No passado mês de maio, Aguirre terminou o seu contrato com o Maiorca, que conduziu à final da última edição da Taça do Rei.
Com Javier livre, a FMF pretendia fazer uma mudança na direção técnica colocando-o como treinador principal e Lozano na função de adjunto, mas o treinador não aceitou a proposta, o que determinou a sua saída.
Esta segunda-feira, Davino Rodríguez deu a conhecer os cinco argumentos pelos quais a FMF decidiu a sua incorporação.
"Experiência nacional e internacional. Conhecimento dos estilos de trabalho adequados ao perfil do futebolista mexicano. Maturidade e força para enfrentar ambientes de alta pressão. Liderança comprovada. Conhecimento do futebol mexicano e do seu ambiente", disse Davino.
Uma dupla de esperança
Por sua vez, Rafael Márquez concluiu recentemente duas temporadas como diretor técnico das categorias de formação do Barcelona e, no domingo, a equipa anunciou o acordo para a rescisão do seu contrato, com bons termos e com gratidão.
"Ambos os perfis, sem dúvida, complementam-se", disse Davino sobre a dupla. "Estamos confiantes de que irão construir a melhor versão da nossa seleção nacional para 2026 e 2030", continuou.
"Por um lado, Javier tem uma vasta experiência ao mais alto nível de competição e está habituado a lidar com elevados níveis de pressão. Além disso, a sua carreira levou-o à Europa, à Ásia e a África".
Quanto a Márquez Álvarez, Davino sublinhou que "está no início da sua carreira como treinador, tendo-se concentrado no futebol de formação e no trabalho com jovens".
Davino explicou que Aguirre e Márquez vão colaborar muito estreitamente em áreas como"ordem tática, seleção de jogadores e gestão de grupos, cada um com a sua visão e experiência", para lançar as bases do projeto que abrange os dois próximos Mundiais.
Aguirre e Márquez serão apresentados no dia 1 de agosto e os detalhes do plano de trabalho serão anunciados na mesma data.