A 21.ª edição do Mundial de Clubes da FIFA será organizada nos Estados Unidos da América, em 2025. E mais do que servir de uma antecâmara para o Mundial-2026, organizado pelos três maiores países da América do Norte, será também a estreia de um novo formato da competição.
Até aqui a prova era disputada pelos campeões das provas continentais das diferentes confederações (África, América do Norte, América do Sul, Ásia, Europa e Oceânia) bem como o campeão nacional do país que ia acolher a prova. Em 2025 vão passar a entrar em competição 32 clubes, num torneio que será realizado entre junho e julho.
A UEFA é a confederação com mais vagas alocadas (12) e três delas já estão preenchidas: Chelsea, Real Madrid e Manchester City ganharam o acesso como vencedores da Liga dos Campeões, a que se vai juntar o vencedor da Champions que está a decorrer (2023/24).
Resta perceber qual o critério que a UEFA vai utilizar para alocar as outras oito vagas, sendo que existe um limite de dois clubes por país (exceção aos vencedores das provas continentais). Quer isto dizer que Inglaterra só terá uma terceira equipa se Arsenal, Newcastle ou Manchester United se sagrarem campeões europeus.
O organismo que regula o futebol europeu está a ponderar duas métricas para decidir os restantes participantes: o já estabelecido ranking da UEFA nos últimos quatro anos (só com os pontos acumulados na Liga dos Campeões) ou um sistema semelhante ao do ranking da FIFA (cinco pontos por participar na Champions, três pontos por vitória, um por empate).
Seja qual for o caso, existe uma clara hipótese para Portugal ter pelo menos um representante. Considerando a condicionante acima mencionada de cada país só poder levar um máximo de duas equipas e juntando a isso participações interessantes de Benfica e FC Porto nos últimos quatro anos da prova milionárias, os dois emblemas podem aspirar a serem os primeiros participantes portugueses a disputar o Mundial de Clubes.
Outros participantes quase certos seriam Bayern (Alemanha), PSG (França), Inter (Itália), Dortmund (Espanha) e Juventus (Itália). Atlético Madrid e Barcelona disputariam uma segunda vaga de Espanha, enquanto o RB Leipzig fica impedido pelo limite de clubes germânicos.
Nota para o Salzburgo que também poderá ser um participante surpresa. O emblema austríaco, que se encontra no grupo do Benfica, está em boa posição e pode beneficiar de o facto de a Juventus estar ausente das provas europeias. Contudo, teria de esperar prestações menos sólidas de AC Milan e Nápoles nesta edição da Champions.