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Fernando Diniz: "É o jogo mais importante da minha vida"

AFP
Diniz na véspera da final do Campeonato do Mundo de Clubes
Diniz na véspera da final do Campeonato do Mundo de ClubesProfimedia
O treinador do Fluminense, Fernando Diniz, descreveu esta quinta-feira, véspera da final do Mundial de Clubes, o rival Manchester City como "uma das melhores equipas da história".

Acompanhe as principais incidências da partida

"É o jogo mais importante da minha vida. O jogo seguinte é sempre o mais importante. É também o jogo mais especial da história, em que se decide um título mundial", disse o treinador do Flu e do Brasil numa conferência de imprensa no Estádio King Abdullah Sports City, em Jeddah, na Arábia Saudita.

Diniz disse que a equipa vai enfrentar "uma das melhores equipas da história do futebol mundial e um dos melhores treinadores", referindo-se a Pep Guardiola.

"Sonho com isso desde que cheguei ao Fluminense, desde que me lembro é algo com que sempre sonhei", acrescentou o treinador de 49 anos, que conquistou a Copa Libertadores com o Tricolor em novembro.

Apesar do nível do adversário de sexta-feira, Diniz apontou as chaves para ter uma oportunidade contra os citizens: "Onde quer que joguemos, temos que estar confiantes de que podemos ganhar o jogo. Sempre foi assim na minha vida. O que queremos como Fluminense é dar o melhor de nós para ganhar, sabemos que estamos a jogar contra a melhor equipa do mundo, mas isso não nos impede de sonhar".

Os últimos jogos do Fluminense
Os últimos jogos do FluminenseFlashscore

Questionado sobre o sistema de jogo, com pressão alta e liberdade de movimentos dos seus jogadores em todas as zonas do campo, que também fez com que o campeão egípcio criasse inúmeras oportunidades de golo na meia-final (2-0), Diniz reafirmou que "o estilo vai ser mantido", embora tenha acrescentado que vão tentar "não cometer tantos erros como contra o Al-Ahly".

Contra o racismo e a discriminação

O treinador brasileiro também falou sobre a pobreza no Brasil e a capacidade do futebol como base social.

"Sou um brasileiro típico, como o Felipe (Melo, sentado ao seu lado). Sangue mestiço, com sangue europeu, índio e negro. Sinto-me muito orgulhoso e feliz por pertencer a um país que tem muitas coisas boas, mas um país que é muito injusto socialmente, que exclui muita gente, que os pobres sofrem sempre mais, e os jogadores de futebol são quase todos pobres, os que atingem um nível elevado não o são, mas são todos de origem muito pobre", disse.

"Muitos sofrem ou sofreram racismo, muitos vieram de favelas e tudo isso está no meu discurso espontâneo. Nós representamos isso e eu estou na luta contra isso: racismo, discriminação", proclamou Diniz.

"No Brasil, pode-se usar o futebol como meio de educação para ajudar as pessoas, pode-se usá-lo para difundir valores humanos através do jogo. De certa forma, é isso que eu tento fazer como treinador de futebol, mas isso deve ser feito nas escolas", afirmou.