"Ganhamos uma ótima opção por dentro, aproximando o Igor (Jesus), e tendo um ataque na última linha. Precisamos de mais disso, de empurrar a última linha para a baliza. Assim, teremos jogadores pelas laterais e por dentro com situações diferentes para criar e definir melhor", disse o selecionador brasileiro, em conferência de imprensa.
O avançado, que joga no Botafogo, líder da Série A, venceu a corrida contra Endrick e será titular na sua estreia pela equipa pentacampeã mundial, disse o treinador.
Dorival Júnior explicou que optou pelo atacante de 23 anos por causa da sua experiência e boa fase no Botafogo (sete golos em 19 jogos), enquanto Endrick, de 18 anos, ainda está em fase de adaptação nos Merengues.
"Ele ainda está num processo natural de conhecer o clube, o maior do futebol mundial, onde tem uma concorrência muito grande", disse antes de viajar para a capital chilena.
Tarefa difícil
O treinador também confirmou a inclusão de outro estreante, o lateral-esquerdo do Olympique Lyon, Abner Vinicius, na equipa titular.
"Abner e Igor começam o jogo. Acho que eles não têm de encarar isso como um peso, como uma dificuldade além da responsabilidade natural de vestir uma camisola tão pesada como a da seleção brasileira", disse.
Embora não tenha confirmado o restante onze, deve repetir a equipa dos últimos treinos: Ederson na baliza; Danilo, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Abner na defesa; André e Lucas Paquetá no meio-campo; e Savinho, Raphinha, Rodrygo e Igor Jesus na frente.
A seleção brasileira tem quatro derrotas nos últimos cinco jogos da qualificação sul-americana e está no meio da tabela, à beira da repescagem, com 10 pontos em oito jogos.
As probabilidades de subida na classificação são reais para os brasileiros, já que Chile (9º.) e Peru (10.º), seus adversários na quinta e terça-feira, respetivamente, estão na parte de baixo da tabela, mas a tarefa pode ser difícil devido ao mau desempenho recente e à perda de cinco jogadores por lesão, incluindo o guarda-redes Alisson e o avançado Vinicius Jr.
"É uma situação muito má para uma equipa que está habituada a estar na parte de cima da tabela", reconheceu o treinador, confiante de que pode reverter a má fase em breve.
"Independentemente da posição ou do momento de cada equipa, temos a obrigação de conquistar o maior número de pontos possível. Vamos ter dois jogos difíceis, não pensemos que, pelo facto de os nossos adversários estarem no fundo da tabela, vamos ter jogos fáceis. A diferença de pontos é mínima, ninguém está numa posição confortável", disse.