Dorival Júnior, selecionador do Brasil, afirma que a "ordem mundial" do futebol está a mudar
"Acho que não teremos um jogo fácil. Esqueçam a Venezuela, a Bolívia recentemente. Neste momento, a ordem mundial está a mudar muito", disse Dorival esta quarta-feira, na cidade brasileira de Belém, onde a equipa estava a treinar.
Embora a pressão tenha sido aliviada com a vitória do Brasil sobre o Chile (2-1) e o Peru (4-0) na jornada dupla de outubro, o técnico de 62 anos alertou que, assim como a Argentina, a seleção brasileira precisa de reconhecer que perdeu terreno para adversários anteriormente mais fáceis.
"O futebol sul-americano cresceu muito no geral. Se olharmos para a maioria das seleções, vemos jogadores que atuam em equipas de todo o mundo, o que não acontecia até bem recentemente. As equipas de topo não têm tido tanto espaço para crescer, enquanto as equipas de baixo começam a dar passos interessantes e grandes. Isso está a nivelar muito as coisas e a tornar os jogos mais disputados", explicou o selecionador brasileiro.
O Brasil ainda está a ser forjado sob o seu comando, o que significa que o desempenho vai "flutuar" enquanto isso é trabalhado, disse o treinador.
Mas Dorival disse que a seleção brasileira está a caminhar para se tornar uma equipa "segura", "forte" e equilibrada.
Depois de um início negativo nas eliminatórias, perdendo metade dos oito jogos iniciais na América do Sul, o Brasil recuperou, ao vencer Chile e Peru, e está em quarto lugar na tabela, com 16 pontos após 10 jogos. As seis primeiras equipas sul-americanas qualificam-se diretamente para o Campeonato do Mundo de 2026.
O Brasil está seis pontos atrás da atual líder, a Argentina.
A Venezuela está em oitavo lugar na tabela.
"Não estamos numa situação totalmente favorável, estamos vindo de trás... (mas) estamos a ganhar um senso maior de maior estrutura na equipa", disse Dorival.
Após o jogo de sexta-feira contra a Venezuela, o Brasil enfrenta o Uruguai na próxima terça-feira.