Aitana: "Não compreendo que haja uma lei que te obrigue a ir à seleção nacional"
Aitana Bonmatí está prestes a ganhar a próxima edição da Bola de Ouro, depois de ter sido eleita a melhor jogadora da Liga dos Campeões e do Campeonato do Mundo, duas competições que venceu com o Barcelona e Espanha, respetivamente. A médio é, sem dúvida, um dos nomes mais sonantes do ano, o que lhe conferiu uma projeção mediática que, tal como as suas companheiras de equipa, não tinha tido até 2023.
"Fomos forçadas pela lei quando dissemos que não queríamos ir se não houvesse mudanças. Não percebo que haja uma lei que nos obrigue a ir à seleção", disse, em referência à polémica lista de Montse Tomé em setembro passado (para visitar a Suécia e receber a Suíça). "Sempre que éramos chamadas à seleção, em vez de aproveitarmos, sofríamos", acrescentou a jogadora culé, que conta com um golo e uma assistência na atual edição da F League.
Reconheceu que não esperava mais apoio das colegas e explicou que não se lembra como surgiu o slogan "acabou", embora garanta que, quando começou a ganhar força, falaram dele "para o colocar nos comunicados de imprensa". E também atirou um dardo à RFEF quando questionada sobre as pressões sofridas pelos participantes na polémica Assembleia Geral Extraordinária, que foram "obrigados" a aplaudir Luis Rubiales: "Vindo da Federação, posso acreditar".
"Hoje em dia vou a alguns sítios e digo 'como é que podemos jogar neste campo'. Nesses momentos, pensamos na nossa integridade e nas lesões. Muitos são em relva artificial e, no final do dia, estamos a falar da primeira divisão profissional feminina. Penso que ainda há um longo caminho a percorrer", explicou Aitana sobre as condições de alguns campos. A Jogadora do Ano da UEFA também apontou a Inglaterra como um exemplo a seguir.