Ana Capeta e o Mundial feminino: "Nunca na minha vida tinha sonhado com isto"
“Para mim, isto é um sonho... Na verdade, não é um sonho, porque nunca na minha vida tinha sonhado com isto. Não encontro palavras para descrever isto, mas posso prometer que vou aproveitar ao máximo”, afirmou a jogadora do Sporting.
Antes do segundo treino luso no Saint Kentigern College, em Auckland, na Nova Zelândia, Ana Capeta, de 25 anos, reconheceu que, ao segundo dia, as jogadoras lusas ainda não recuperaram da longa viagem desde Lisboa, mas que isso não é um obstáculo.
“Foi muito complicado treinar (quarta-feira) após a viagem que tivemos. Continuamos com fadiga e muito cansadas, mas nós viemos para competir e é esse o nosso pensamento. Temos de ter força de vontade”, frisou a avançada portuguesa.
A estreia lusa está 10 dias de distância, em 23 de julho, em Dunedin, face aos Países Baixos, pelas 19:30 locais (08:30 em Lisboa), e a receita é trabalho.
“A ansiedade aumenta, mas a vontade de trabalhar cada dia é maior. Vamos continuar focadas no nosso trabalho e acho que cada uma de nós vai dar o melhor de si todos os dias”, garantiu.
"Marcar um golo é sempre especial"
As neerlandesas, vice-campeões mundiais em título, são as primeiras adversárias, mas Ana Capeta diz que as atenções das jogadoras não estão para já centradas apenas nesse jogo.
“O nosso pensamento está nos jogos todos. Já tivemos dois jogos de preparação e vamos continuar a trabalhar. Não nos estamos a preparar só para os Países Baixos. Vai ser o nosso primeiro jogo, mas o nosso foco são os três jogos, pois todos valem três pontos”, explicou.
E, claro, nada melhor do que começar com um golo, se bem que não se trate de nenhuma obsessão para a avançada do Sporting, que soma seis, em 25 internacionalizações.
“Marcar um golo é sempre especial, mas eu estou aqui para ajudar a equipa, seja de que forma for”, disse a avançada, que se estreou na principal formação lusa em 24 de novembro de 2017, num 8-0 à Moldávia, em Setúbal.
Ana Capeta seguiu, depois, para o segundo treino da seleção lusa em Auckland, que só foi aberto durante os primeiros 15 minutos, nos quais não foi possível ver Kika Nazareth, que se ficou pelo ginásio, ainda a recuperar da lesão sofrida no particular com a Inglaterra (0-0).
Por seu lado, Sílvia Rebelo e Fátima Pinto também continuaram a treinar-se à parte do grupo, que, inicialmente, cumpriu uma parte física e passou, depois, ao trabalho com bola.
Portugal volta ao trabalho na sexta-feira, numa sessão que foi antecipada para as 11:00 locais (00:00 em Lisboa), de novo no Saint Kentigern College.