Quem são elas? Veja as dez jogadoras selecionadas pelo Flashscore que devem ser seguidas com atenção no torneio.
Sophia Smith
22 anos, Estados Unidos, Portland Thorns FC
Ainda que se apresenta no Mundial com nomes como Alex Morgan e Megan Rapinoe, a seleção dos Estados Unidos atravessa um processo de renovação e Sophia Smith é um dos nomes a ter em atenção. A jovem avançada dos Portland Thorns sonha com o epíteto de melhor do mundo e está no caminho certo.
Escolha número 1 do draft de 2020, Smith conduziu os Portland ao título da NWSL - 14 golos em 18 jogos, um novo recorde da equipa numa única temporada -, tornando-se na jogadora mais jovem a ser eleita MVP da competição. Fenómeno de popularidade nos Estados Unidos, o Mundial é o espaço que lhe falta para a afirmação global.
Lauren James
21 anos, Inglaterra, Chelsea
Lauren é muito mais do que a irmã de Reece, também ele jogador de futebol profissional. A jovem extrema apareceu recentemente nas escolhas de Sarina Wiegman, depois de ter falhado o Europeu do último ano, numa altura em que ainda recuperava de uma lesão, e é uma das jogadoras mais entusiasmantes do futebol inglês.
Muito forte no drible e no um para um, Lauren deve aproveitar a ausência de Beth Mead (lesionada) para assumir uma posição de destaque no ataque da equipa de Wiegman. Outra das suas principais características é que decide muito bem sob pressão.
Kika Nazareth
20 anos, Portugal, Benfica
Em vésperas do arranque do Campeonato do Mundo, a condição física da jogadora portuguesa é ainda uma incógnita. Kika saiu lesionada do encontro de preparação frente à atual campeã europeia Inglaterra (0-0) e tem dado passos rumo à recuperação plena.
A camisola 20 de Portugal é uma jogadora muito irreverente, que pensa o jogo fora da caixa e que consegue encontrar espaços onde poucas conseguem vislumbrar algo mais. Após uma época brilhante ao serviço do Benfica, tendo sido eleita a melhor jogadora jovem da Liga portuguesa, Kika é considerada a "next big thing" portuguesa. Esteve na lista final do prémio Golden Girl 2022.
Julia Grosso
22 anos, Canadá, Juventus
O nome de Julia Grosso vai perdurar na memória dos canadianos para a eternidade, depois da jovem média ter sido a responsável pela marcação da grande penalidade que culminou com a conquista do ouro olímpico para o Canadá, em 2020. Após várias épocas no futebol universitário norte-americano, a média mudou-se para a Juventus e ganhou maturidade competitiva.
Grosso destaca-se pela sua capacidade de roubar e manter a bola em situação de pressão e pela excelência de ligação entre setores, muito por conta de uma visão de jogo acima da média. Tem apenas 22 anos e é já uma das grandes referências da seleção do Canadá, 7ª no ranking mundial.
Jule Brand
20 anos, Alemanha, Wolfsburgo
Não há grandes dúvidas em relação ao talento de Brand. A alemã foi eleita a melhor jogadora jovem do último Europeu, conquistou também o Golden Girl, prémio atribuído à melhor futebolista sub-21 do ano, pelo jornal italiano Tuttosport, e mudou-se do Hoffenheim para o Wolfsburgo no último verão.
A transferência para uma das melhores equipas do Mundo abanou um pouco a afirmação de uma jogadora que conseguiu rapidamente atingir o estrelato na Alemanha. Brand é um fenómeno de popularidade, com a participação em vários eventos extra-futebol, sendo muitas vezes a cara da seleção germânica em campanhas publicitárias.
O Campeonato do Mundo é a oportunidade para confirmar (mais uma vez) todo o potencial desta média rápida, versátil e mutio habilidosa.
Linda Caicedo
18 anos, Colômbia, Real Madrid
A avançada colombiana é um autêntico fenómeno. Eleita a melhor jogadora da Copa América Feminina em julho de 2022, Linda Caicedo disputou ainda os Mundiais sub-17 e sub-20 nesse ano. Estreou-se a nível sénior aos 14 anos e destacou-se logo pelos seus dribles, velocidade e faro de golo. Uma combinação perfeita! Foi dela, aliás, o golo que colocou a Colômbia no Campeonato do Mundo.
Comparada no continente sul-americano à lenda brasileira Marta, Caicedo foi aposta de futuro do Real Madrid e há uma enorme expectativa em torno do que poderá mostrar na competição que decorre na Austrália e Nova Zelândia.
Barbra Banda
23 anos, Zâmbia, Shangai Shenglin
A avançada zambaiana foi uma das grandes revelações dos últimos Jogos Olímpicos - seis golos em três jogos - e promete ser uma das sensações deste Campeonato do Mundo. Explosão, velocidade, confiança e faro de golo são algumas das características desta jogadora que esteve recentemente em evidência na surpreendente vitória zambiana diante a Alemanha (3-2).
Atualmente ao serviço dos chineses do Shangai Shenglin, Banda é um exemplo claro de que o talento pode brotar em qualquer parte do planeta, desde que exista alguém capaz de olhar para ele e lapidá-lo.
A sua participação no Mundial está envolta em polémica, por suspeitas sobre o seu género. Recentemente tinha sido excluída da CAN (Taça de África das Nações), por os testes terem dado níveis de testosterona demasiado elevados para uma mulher.
Melchie Dumornay
19 anos, Haiti, Stade de Reims
Dumornay é possivelmente o maior talento que o Haiti alguma vez produziu ao nível do futebol. A média de 19 anos foi descoberta pelo Reims quando estava à beira de completar 15 anos e vai mudar-se para o Lyon, uma das melhores equipas da história do futebol feminino mundial, depois da participação no Campeonato do Mundo.
A internacional haitiana é muito forte nos duelos e oferece o equilíbrio necessário à equipa numa zona muito importante do terreno, o meio campo. Além disso, Dumornay revela ainda uma forte apetência para as bolas paradas e para os golos.
Giulia Dragoni
16 anos, Itália, Barcelona
Dragoni, que jogou futebol misto até os 13 anos e ganhou o apelido de "Pequeno Messi", é uma estrela em formação. Depois de deixar o Inter de Milão em janeiro, marcou quatro golos em dez jogos ao serviço da equipa B do Barcelona que conquistou o título da segunda divisão espanhola.
É improvável que a jovem média seja titular na seleção italiana, dada a forte concorrência no meio-campo liderado por Manuela Giugliano, mas pode muito bem desempenhar um papel importante na renovada Itália que vai procurar mudar a imagem que deixou no Euro-2022.
Salma Paralluelo
19 anos, Espanha, Barcelona
Aos 19 anos, a avançada tem um palmarés invejável: uma Liga dos Campeões, uma Supertaça de Espanha, um Mundial sub-17 e um Mundial sub-20. Paralluello integra a brilhante fornada de jogadoras da nova geração espanhola e tem a particularidade de ter representado recentemente o país em competições de atletismo. Em 2022 tomou a decisão de dedicar-se inteiramente ao futebol depois de ter dado o salto para o todo-poderoso Barcelona.
O atletismo ofereceu-lhe condições singulares para o futebol - velocidade e explosão -, tornando-a numa figura altamente competitiva. Não demorou a conquistar o seu espaço na equipa culé, tendo mesmo sido titular na final da Liga dos Campeões, comprovando toda a sua fineza e frieza no momento de atacar a baliza contrária.