Análise: Mais ataques pela esquerda, van de Donk em todo o lado e golo de bola parada
Recorde as principais incidências da partida
A estreia de Portugal no Campeonato do Mundo não terminou com o resultado desejado para a equipa liderada por Francisco Neto, mas o sentimento de orgulho foi unânime entre as jogadoras portuguesas no final da partida, sobretudo pela forma como impuseram o seu jogo frente a uma das seleções mais cotadas e poderosas na Europa.
Francisco Neto surpreendeu com a aposta em Fátima Pinto no miolo, com Tatiana Pinto mais colada ao corredor e afastada do seu habitat mais natural e Andreia Norton como elo de ligação ao ataque, e a equipa das quinas começou pressionante até começar a ser abafada pelas neerlandesas, nomeadamente após o golo sofrido aos 13 minutos, num lance de bola parada, um problema antigo de Portugal.
Lineth Beerensteyn mostrou-se muito perigosa na frente, com vários remates à baliza de Inês Pereira, mas foi Daniëlle van de Donk a assumir a batuta e a pautar o ritmo de jogo e a ser também ela a principal ameaça para a linha defensiva portuguesa. A camisola 10, como é possível ver nos dados estatísticos Flashscore, esteve, literalmente, em todo o lado e foi a jogadora a fazer mais passes no último terço.
Após o bom arranque, Portugal sofreu o golo aos 13 minutos, altura em que Stefanie van der Gragt fez valer a sua dimensão física e capacidade de impulsão para confirmar aquilo que há muito é sabido: a equipa das quinas tem um sério problema nas bolas paradas.
O posicionamento do primeiro tempo foi corrigido para a segunda parte e a estreante seleção portuguesa melhorou o seu jogo. As alterações promovidas por Francisco Neto também ajudaram, com Telma Encarnação a protagonizar as melhores oportunidades.
Ainda assim, fica a ideia que as mudanças foram operadas tardiamente e também por isso possa explicar-se que o golo do empate não tenha aparecido.