O presidente do Getafe, Ángel Torres, um dos líderes clássicos do futebol espanhol, falou na manhã desta quarta-feira num evento do clube e expressou claramente a sua opinião: "Rubiales não pode ser presidente nem mais um minuto. Ele tem três queixas, temos o Campeonato do Mundo de 2030 com Portugal e não podemos ter alguém que deu esta imagem".
Torres considera que o próprio Rubiales deve assumir a sua responsabilidade, as consequências dos seus actos (incluindo o gesto obsceno durante a celebração) e abandonar o seu cargo: "O que Rubiales tem de fazer é demitir-se. O seu comportamento tem sido lamentável. Não pode continuar nem mais um minuto como presidente da Federação e, se não se demitir, Pedro Sánchez deve intervir para o sancionar e proceder à sua desqualificação".
Do lado político, a cascata de reacções contra Rubiales também continua. Patxi López, secretário de Política Federal do PSOE, afirmou na Cadena SER que "a melhor medida é demitir-se e deixar de manchar a imagem do grande feito de algumas mulheres que deram tudo para ganhar o Campeonato do Mundo".
Um dos mais activos na luta contra o dirigente federativo é Miguel Ángel Galán, presidente do CENAFE (Centro Nacional de Formación de Entrenadores de Fútbol). Depois de ter apresentado queixa ao CSD por via administrativa, Galán deu um passo em frente e abriu a via penal com uma queixa ao Ministério Público de Madrid e à Procuradoria-Geral do Estado.
Na sua declaração escrita, Galán afirma: "Estou a apresentar uma queixa contra Luis Rubiales por ter cometido um alegado crime de agressão sexual contra a jogadora Jennifer Hermoso. Este comportamento é um ato sexista intolerável no nosso desporto e pode constituir um alegado crime de agressão sexual. Solicito que seja apresentada uma queixa".
O cerco está a apertar-se e o futuro do presidente da RFEF está à beira do abismo.