As proscritas da vitória: França rouba primeiro lugar ao Brasil (2-1)
Recorde as principais incidências da partida
Ainda não foi desta que o Brasil quebrou o enguiço e somou a primeira vitória frente a França. Depois da vitória folgada contra o Panamá (4-0) no arranque, a canarinha foi travada pela seleção gaulesa na segunda jornada, muito por culpa de um nome histórico do futebol francês: Wendie Renard.
Vamos ao jogo. O selecionador francês teve uma boa notícia na preparação para este duelo: Selma Bacha recuperou a tempo de ser opção e foi a jogo na tentativa de dar uma chama diferente ao ataque gaulês, muito aquém na primeira jornada, onde a França não conseguiu sair do nulo contra a Jamaica (0-0).
A França entrou forte e com a mira apontada para a baliza de Lelê, antiga guarda-redes do Benfia, e chegou à vantagem à passagem do minuto 17, por intermédio da experiente Eugénie Le Sommer. A avançada, uma das proscritas da antiga selecionadora Corinne Diacre, aproveitou uma excelente combinação entre Karchaoui e Diani para fazer balançar as redes da canarinha pela primeira vez.
A felicidade de Renard & Renard
O Brasil teve algumas dificuldades para criar perigo no primeiro tempo e quando esteve perto da baliza de Pauline Peyraud-Magnin também não mostrou a frieza necessária - desperdício de Adriana Leal, aos 23 minutos, refletiu o parco rendimento da seleção de Pia Sundhage na primeira parte. Foi preciso esperar pela segunda metade para o Brasil conseguir restabelecer a igualade.
Numa rara aproximação eficaz à baliza gaulesa, Debinha deu o último brilho a uma jogada coletiva fantástica - Ary Borges e Kerolin combinaram muitíssimo bem - e anotou um golo que deixava o Brasil confortável na liderança do grupo, num jogo em que se percebeu que dificilmente conseguiria vencer dada a boa organização da turma francesa.
Ainda assim, o dia seria de felicidade para Hervé Renard (muitos nervos na etapa final). E Wendie Renard! A capitã e grande figura do futebol em França, também ela com problemas com a antiga selecionadora, ao ponto de ter renunciado à seleção, voltou com Hervé e voltou para ser importante.
Aos 83 minutos, a super titulada central apareceu com todo o vigor na área do Brasil para desviar de cabeça a bola vinda de um canto batido por Selma Bacha e dar assim a machadada final no encontro.
Melhor em campo Flashscore: Wendie Renard