“A confirmação da FIFA de que todas as bandeiras australianas serão hasteadas no Campeonato do Mundo é um momento significativo para todos os australianos, especialmente para o povo das primeiras nações”, disse o presidente da Federação Australiana (FA), James Johnson.
Ainda de acordo com o dirigente, “esta decisão vai ao encontro dos valores de diversidade e inclusão” que a FA carrega e corresponde “à visão que tem para o torneio”.
O seu homólogo da Federação da Nova Zelândia, Andrew Pragnell, também saudou a medida, acreditando que servirá de exemplo para as edições posteriores no “reconhecimento dos direitos dos povos indígenas em todo o mundo”.
“Essas bandeiras expressam o desejo de respeito mútuo, identidade nacional e reconhecimento das culturas indígenas para os nossos anfitriões”, considerou em comunicado o presidente da FIFA, Gianni Infantino.
Na Austrália, a bandeira aborígene será hasteada ao lado da bandeira nacional durante os 35 jogos que acontecerão no país. Será o mesmo para a bandeira maori durante os 29 encontros planeados para a Nova Zelândia.
A seleção de Portugal integra o Grupo E do Mundial, após um inédito apuramento para a fase final, tendo como adversários os Estados Unidos da América – bicampeões em título -, Vietname e Países Baixos (vice-campeões).
"Tenho orgulho da nossa cultura"
A equipa da Austrália para o Campeonato do Mundo inclui as jogadoras australianas Kyah Simon e a guarda-redes Lydia Williams, ambas com ascendência à cultura aborígene.
"Para mim, é claro que tenho orgulho da nossa cultura e do povo das primeiras nações no país", disse Simon.
"Em todos os grandes torneios, a minha família leva a sua própria bandeira aborígene e, para mim, isso faz parte da minha história e da minha cultura, e ver a minha família na multidão, com a bandeira hasteada, é algo que me é muito familiar. Espero que as pessoas do estrangeiro possam ver a riqueza cultural que temos aqui e que se possam educar no processo", acrescentou a jogadora do Tottenham.