Campeã europeia vai lutar para ser Mundial: Inglaterra derrota anfitriã Austrália (3-1)
Recorde as principais incidências da partida
Sarina Wiegman é desde os quartos de final do Mundial a única mulher entre os oito treinadores finalistas da competição e é a prova viva de que a qualidade não tem género. Depois de conduzir Países Baixos e Inglatera a títulos europeus, a técnica neerlandesa deu um passo de gigante para acrescentar um título mundial ao seu rico palmarés.
Numa caminhada nem sempre vistosa na Oceânia, com algumas exibições menos conseguidas, a verdade é que a Inglaterra mostrou competência e maturidade para levar a água ao seu moinho. O encontro das meias-finais, frente à anfitriã Austrália (3-1), perante mais de 70 mil australianos nas bancadas do Estádio Austrália, em Sydney, era visto como um sério teste à fibra das inglesas, que passaram com excelente nota.
Uma boa notícia para os amantes do futebol (e má para Sarina Wiegman) chegou cerca de uma hora antes do apito inicial, assim que o onze da Austrália foi anunciado com a presença da histórica Sam Kerr na equipa inicial australiana.
Ella Toone na carreira de tiro
Os primeiros minutos foram bastante aguerridos de parte a parte. A vontade de vencer foi sempre mais forte do que o medo de perder e a diferença pautou-se pela competência no último terço.
A Austrália não conseguiu marcar nas oportunidades que teve no arranque e a Inglaterra mostrou como é possível acertar nas redes adversárias. Um tiraço de Ella Toone, aos 36 minutos, serviu para abrir caminho de uma vitória que não seria assim tão fácil como os números finais aparentam.
Pelo caminho, Sam Kerr, inevitável a avançada do Chelsea deixar a sua marca na competição, anotou um golo de antologia, aos 64 minutos, dando forma à superioridade australiana na primeira etapa da segunda parte, e deu esperança aos milhares de australianos, que iam sorrindo e fazendo a festa... até certo ponto.
Aos 71 minutos, um erro de Ellie Carpenter em zona proibida permitiu a Lauren Hemp recuperar a bola e rematar para o 2-1 e o cenário começou aí a complicar-se. Ainda assim, as comandadas de Tony Gustavsson deram uma boa resposta e criaram várias (e boas) oportunidades para novo empate. A perdida de Sam Kerr, aos 86 minutos, foi talvez a mais evidente. Não marcou e aplicou-se a velha máxima do futebol: 'quem não marca sofre'.
Alessia Russo finalizou uma rápida jogada de contra-ataque, aos 87', e carimbou o passaporte inglês para a final do Campeonato do Mundo. Já a Austrália vai ter de contentar-se com a luta pelo 3.º lugar, no próximo sábado, diante a Suécia.
Melhor em campo Flashscore: Lauren Hemp (Inglaterra)