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Colômbia, Argentina e Brasil dão esperança à América do Sul no Mundial feminino

Linda Caicedo com a seleção colombiana
Linda Caicedo com a seleção colombiana Federación Colombiana de Fútbol
A América do Sul domina o futebol de seleções. O Brasil é o campeão sub-17. Uruguai, o campeão sub-20. Argentina, a campeã sénior. Agora, na competição feminina, três equipas estão firmes na corrida pelo título. A Colômbia, com um processo juvenil que se destaca ano após ano; a Argentina, com um ADN sensacional e atrativo, e o Brasil, sempre difícil e com boas jogadoras históricas no seu plantel, como Marta (37 anos).

O Brasil, a equipa que esteve em todos os Mundiais desde 1991, entra na competição com um estilo "vanguardista": a equipa é respeitada, as suas estrelas são conhecidas. No entanto, vive mais da história do que do presente. Apesar de ter vencido uma Copa América (diante da Colômbia, em 2022), os seus resultados nos últimos Mundiais não têm sido positivos.

A Canarinha teve a sua melhor participação num Campeonato do Mundo feminino em 2007, quando perdeu a final para a Alemanha. Desde então, o seu melhor resultado foi um lugar nos quartos de final. Marta, na reta final da carreira, faz parte de um plantel que mistura juventude e experiência.

A equipe conta com jogadores como Debinha (31) e Ary Borges (23), duas estrelas que são uma ameaça constante para as adversárias. 

A equipa é treinada por Pia Sundhage, que se tornou a primeira treinadora principal do Brasil em 2019, quando substituiu Oswaldo Fumeiro Alvarez. Sundhage destacou-se no seu tempo com a Suécia, alcançando a medalha de prata no Rio de Janeiro, em 2016, e as meias-finais do Campeonato da Europa em 2013. 

O Brasil está num grupo com Jamaica, França e Panamá, contra quem fará sua estreia no dia 24 de julho.

Colômbia, um processo mais do que atraente

O futebol dá sempre hipótese de vingança e a Colômbia, país que não esteve presente no Mundial de 2019, alcançou em menos de quatro anos uma final da Copa América (perdeu para o Brasil nos penáltis) e uma qualificação para o Mundial .

As expectativas das Cafeteras são altas: em primeiro lugar, a equipa está motivada. Em segundo lugar, sob a orientação de Nelson Abadía, consolidaram um projeto que começou com a desilusão da derrota e que tem vindo a progredir pouco a pouco. Em terceiro lugar, têm no seu plantel uma das jovens jogadoras mais promissoras da região, que também brilha no Real Madrid: Linda Caicedo (18 anos).

Aos 18 anos, Caicedo já se impôs no plantel do Real Madrid. Desde a sua contratação em fevereiro, disputou 13 jogos e marcou três golos. A atacante também foi titular na final do Campeonato do Mundo de Sub-17 e a sua participação nesse torneio valeu-lhe um contrato com o clube espanhol.

Nelson Abadía, técnico da Colômbia
Nelson Abadía, técnico da ColômbiaAFP

Além de Linda Caicedo, Catalina Usme (33) e Leicy Santos (27) também são jogadoras importantes na seleção colombiana. Usme é a melhor marcadora da história da seleção, enquanto Santos destaca-se pela versatilidade no ataque.

A Colômbia divide o grupo com Alemanha, Coreia do Sul e Marrocos. A estreia será no dia 24 de julho contra a Coreia.

Argentina busca experiência

A Argentina, por mais improvável que possa parecer, é uma seleção com pouca história em Mundiais femininos. A Albiceleste classificou-se apenas três vezes (2003, 2007 e 2019) e não passou da fase de grupos.

Na fase continental, a seleção nacional tem um registo mais do que notável. Foi campeã das Américas em 2006. Nas últimas três edições, terminou em terceiro lugar.

Germán Darío Portanova, um ex-jogador que jogou no Chile, Espanha, Paraguai e Itália, é o treinador da Albiceleste. Iniciou o seu processo na última Copa América na Colômbia e, para já, vai tentar quebrar a maldição da fase de grupos e vencer a África do Sul, a Itália e a Suécia .

As estrelas da equipa são, sem dúvida, Estefania Banini (33 anos), reconhecida como uma referência na seleção e do Atlético de Madrid; Sophia Braun (23 anos), estrela da Liga MX Femenina (campeonato mexicano) e Mariana Larroquette (30 anos), do Orlando Pride e com larga experiência na Albiceleste.

No geral, o Brasil surge sempre como favorito na competição. Pela história, pelo jogo e pelo plantel. A Colômbia talvez tenha as ferramentas necessárias para surpreender e chegar às meias-finais. A Argentina é imprevisível e tem um grupo difícil, que causará problemas desde o início da competição. Será que a América do Sul conquistará mais um título?