Noite importante para Espanha e Inglaterra. Em Sydney, na longínqua Austrália, uma destas duas seleções ia sagrar-se campeã do mundo pela primeira vez e atmosfera de festa era pontuada com uma ansiedade normal das decisões.
![As notas das jogadoras As notas das jogadoras](https://livesport-ott-images.ssl.cdn.cra.cz/r900xfq60/154a055a-5c48-490b-a28c-b430e94bdf5a.jpg)
Antes do apito inicial uma primeira surpresa em Espanha. Eleita a melhor jogadora do mundo pela FIFA, Alexia Putellas começou o jogo no banco, com Paralluelo, uma das estrelas da meia-final com a Suécia a ser titular.
No lado inglês, Sarina Wiegman apostou na equipa que eliminou a Austrália (Mary Earps, Lucy Bronze, Millie Bright, Keira Walsh, Georgia Stanway e Lauren Hemp repetiram a titularidade da final do Euro-2022). Lauren James regresso após dois jogos de castigo, mas ficou no banco de suplentes.
ADN espanhol
As comparações entre o futebol masculino e femino são, muitas vezes, infundadas e sem grande cabimento, mas neste caso, quem assistiu aos primeiros 45 minutos da seleção espanhola foi impossível não traçar paralelismos com o tiki-taka que encantou o mundo entre 2008 e 2012 e rendeu três títulos consecutivos aos homens de La Roja.
Dominadora da posse de bola, com Abelleira, Bonmatí e Hermoso a serem a casa das máquinas, Carmona e Battle a criarem perigo pelas faixas, Espanha dominou a posse de bola e colocou Inglaterra quase sempre em dificuldades.
![A rede de passes de Espanha A rede de passes de Espanha](https://livesport-ott-images.ssl.cdn.cra.cz/r900xfq60/e6a8da4f-d169-40d0-b80a-8308e9999f59.jpg)
É certo que Lauren Hemp criou a primeira oportunidade da partida, aos 16 minutos, com um remate à trave, mas de resto as leoas raramente conseguiram rugir. E se os falhanços de Paralluelo e Alba Redondo serviram de aviso, Carmona não desperdiçou.
Aos 29 minutos, a capitã (que já tinha marcado o golo decisivo na meia-final) subiu pelo flanco esquerdo e concluiu mais uma boa jogada combinativa, colocando Espanha na frente. O sonho crescia para nuestros hermanos e o troféu parecia mais perto do que nunca.
O remate ao poste de Paralluelo (45+1 minutos) fechou uma primeira parte em que o sotaque foi completamente espanhol.
![Inglaterra muito recuada Inglaterra muito recuada](https://livesport-ott-images.ssl.cdn.cra.cz/r900xfq60/fc086446-d311-4378-98b7-4559b77eb1d9.jpg)
Reveja aqui as principais incidências da partida
Verde esperança
Treinadora astuta e com provas dadas (a única mulher resistente nos bancos desta prova), Sarina Wiegman sentiu necessidade de mexer ao intervalo. Sem surpresa, Lauren James, a jogadora mais diferenciada de Inglaterra foi lançada, com as inglesas a mudarem de sistema (passaram a jogar com quatro defesas).
As alterações surtiram efeito. Inglaterra equilibrou-se, conseguiu controlar mais a partida, mas a verdade é que Cata Coll (uma das histórias bonitas deste Mundial) raramente foi incomodada.
Por outro lado, Espanha não virava a cara ao ataque. Bonmatí (62 minutos) assustou Mary Earps com um remate por cima e quatro minutos depois surgiu uma oportunidade de ouro para as espanholas matarem o jogo.
Chamada pelo VAR, a árbitra confirmou uma mão na bola de Walsh e assinalou penálti. Jenny Hermoso foi chamada a fazer um remate que poderia descansar os milhões de espanhóis que assistiam pela televisão. Contudo, Mary Earps, vestida de verde, a cor da esperança, segurou o disparo e manteve Inglaterra viva.
Mas continuou a ser Espanha a mais perigosa. Depois de ver Carmona marcar, Ona Battle não quis ficar atrás e tentou inscrever o nome na lista de marcadores, mas Mary Earps voltou a agigantar-se, estavam decorridos dos dois 13 minutos de acréscimo.
Apito final e Espanha sagrou-se campeão do mundo. La Roja junta-se a Estados Unidos, Noruega, Alemanha e Japão como as únicas equipas a conquistarem esta prova.
Mulher do jogo Flashscore: Olga Carmona (Espanha)
![Os números da partida Os números da partida](https://livesport-ott-images.ssl.cdn.cra.cz/r900xfq60/ae2f6c4d-8f16-4f98-9614-778376febea1.jpg)