Feminino: Emma Hayes, do Chelsea, é a nova selecionadora dos EUA em acordo sem precedentes
Nascida em Londres, Hayes é uma das treinadoras profissionais mais bem-sucedidas do futebol mundial. Levou o Chelsea a conquistar 13 troféus importantes nas 11 temporadas que passou no clube inglês.
"É uma grande honra ter a oportunidade de treinar a equipa mais incrível da história do futebol mundial. Há muito que sonhava treinar os Estados Unidos, pelo que esta oportunidade é um sonho tornado realidade", declarou Hayes em comunicado.
Hayes substitui Vlatko Andonovski, que abandonou o cargo dias depois da surpreendente derrota das norte-americanas com a Suécia nos oitavos de final do Campeonato do Mundo de 2023. Os Estados Unidos, que detêm um recorde de quatro títulos mundiais, nunca ficaram abaixo do terceiro lugar.
Um dos primeiros grandes torneios de Hayes serão os Jogos Olímpicos de Paris, no próximo ano, onde os Estados Unidos partem à procura da quinta medalha de ouro. Ganharam o bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio de 2020.
O Chelsea anunciou em 4 de novembro que Hayes deixaria o cargo no final da época da Superliga Feminina (WSL), em maio, para procurar uma nova oportunidade "fora da WSL e do futebol de clubes".
A nova seleccionador das norte-americanas entrou no Chelsea em 2012, conquistou seis vezes o título da WSL e cinco vezes a Taça de Inglaterra, num mandato brilhante que estabeleceu a equipa londrina como uma das melhores equipas da Europa. Além disso, conduziu a equipa à dobradinha em duas ocasiões e também conseguiu um inédito triplete nacional.
Hayes, que foi por seis vezes a Treinador do Ano da WSL, é uma forte defensora do futebol feminino e fala abertamente sobre problemas de saúde e os desafios de conciliar a maternidade com o desporto.
Elogios do Chelsea e dos EUA
Laurence Stewart e Paul Winstanley, co-directores de desporto do Chelsea, afirmaram: "A Emma tem sido uma das maiores impulsionadoras da mudança no futebol feminino. Os seus feitos no Chelsea não têm paralelo e ficarão para sempre gravados na história do clube".
"É uma líder fantástica e uma treinadora de classe mundial que estabelece padrões elevados para si própria e para todos os que a rodeiam", afirmou a presidente da US Soccer, Cindy Parlow Cone, em comunicado.
Os Estados Unidos começaram a reconstruir-se logo após a eliminação do Campeonato do Mundo, com a saída de Andonovski, do seu diretor-geral e de um punhado de jogadoras influentes, incluindo Megan Rapinoe.