FIFA ameaça impedir a transmissão do Mundial de futebol feminino na Europa
As ofertas dos "cinco maiores" países da Europa não são aceitáveis para o organismo que gere o futebol mundial e constituem "uma chapada na cara" para as jogadoras e "todas as mulheres", defendeu o presidente da FIFA, referindo-se à Grã-Bretanha, Espanha, Itália, Alemanha e França.
"Para ser claro, é nossa obrigação moral e legal não subvalorizar o Campeonato do Mundo de futebol feminino da FIFA", destacou Infantino num encontro da World Trade Organization realizado em Genebra.
"Nesse sentido, caso as ofertas continuem a não ser justas, seremos forçados a não transmitir o Mundial nos cinco maiores países da Europa", alertou o dirigente.
O torneio, organizado na Austrália e na Nova Zelândia, arranca a 20 de julho e Infantino revelou que as ofertas rondam valores entre um milhão e 10 milhões de dólares, o que contrasta com as ofertas entre 100 e 200 milhões feitas pelo evento masculino.
Devido à diferença horária, os jogos do Mundial feminino serão disputados fora das horas de prime-time para mercados europeus, mas o presidente da FIFA não aceita tal facto como desculpa.
"Talvez... Não é jogado no prime-time da Europa, mas, ainda assim, é jogado às 9:00 ou 10:00 horas, o que é um período bastante razoável", apontou.
O Campeonato do Mundo de França, em 2019, foi visto por cerca de 1.12 mil milhões de espectadores em todas as plataformas disponíveis, de acordo com o relatório feita pela FIFA sobre o torneio.