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FIFA ameaça impedir a transmissão do Mundial de futebol feminino na Europa

Reuters, Pedro Fernandes
Gianni Infantino mostrou-se desagradado com ofertas feitas pelos países europeus
Gianni Infantino mostrou-se desagradado com ofertas feitas pelos países europeusFIFA
As principais nações europeias podem enfrentar um "blackout" na transmissão do Mundial de futebol feminino deste ano, que será evitado caso os media melhorem as suas "dececionantes" ofertas pelos direitos, revelou Gianni Infantino.

As ofertas dos "cinco maiores" países da Europa não são aceitáveis para o organismo que gere o futebol mundial e constituem "uma chapada na cara" para as jogadoras e "todas as mulheres", defendeu o presidente da FIFA, referindo-se à Grã-Bretanha, Espanha, Itália, Alemanha e França.

"Para ser claro, é nossa obrigação moral e legal não subvalorizar o Campeonato do Mundo de futebol feminino da FIFA", destacou Infantino num encontro da World Trade Organization realizado em Genebra.

"Nesse sentido, caso as ofertas continuem a não ser justas, seremos forçados a não transmitir o Mundial nos cinco maiores países da Europa", alertou o dirigente.

O torneio, organizado na Austrália e na Nova Zelândia, arranca a 20 de julho e Infantino revelou que as ofertas rondam valores entre um milhão e 10 milhões de dólares, o que contrasta com as ofertas entre 100 e 200 milhões feitas pelo evento masculino.

Devido à diferença horária, os jogos do Mundial feminino serão disputados fora das horas de prime-time para mercados europeus, mas o presidente da FIFA não aceita tal facto como desculpa.

"Talvez... Não é jogado no prime-time da Europa, mas, ainda assim, é jogado às 9:00 ou 10:00 horas, o que é um período bastante razoável", apontou.

O Campeonato do Mundo de França, em 2019, foi visto por cerca de 1.12 mil milhões de espectadores em todas as plataformas disponíveis, de acordo com o relatório feita pela FIFA sobre o torneio.