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Grupo B do Campeonato do Mundo Feminino: duas nações poderosas defrontam-se logo no início

AFP
Jogadoras australianas comemoram um golo durante o jogo de preparação entre a Austrália e a França
Jogadoras australianas comemoram um golo durante o jogo de preparação entre a Austrália e a França AFP
O Campeonato do Mundo Feminino da FIFA na Austrália e Nova Zelândia começa no dia 20 de julho e prolonga-se até 20 de agosto, altura em que será conhecido o novo campeão mundial. 32 seleções e 736 jogadoras presentes em prova.

AUSTRÁLIA (10º lugar no ranking da FIFA)

Treinador: Tony Gustavsson (Suécia)

Estrela: Sam Kerr (Chelsea)

Melhor desempenho em Mundiais: Quartos-de-final (2007, 2011, 2015)

As Matildas participaram em sete Mundiais e nunca passaram dos quartos de final. Mas, em casa e com o ímpeto de uma série de resultados encorajadores, elas estão entre os favoritas com o seu plantel mais talentoso de todos os tempos.

Muito dependerá da forma de Sam Kerr, avançada do Chelsea, capitã e principal goleadora da Austrália, que é uma das superestrelas do futebol feminino. Ela será um dos rostos do torneio. Kerr é apoiada por uma série de jogadoras de qualidade, incluindo Ellie Carpenter, do Lyon, Caitlin Foord, do Arsenal, e Mary Fowler e Alanna Kennedy, do Manchester City.

O treinador sueco Tony Gustavsson foi nomeado em 2020 e levou algum tempo para se adaptar. Agora, ele enfrenta o maior teste da sua carreira.

REPÚBLICA DA IRLANDA (22º lugar no ranking da FIFA)

Treinadora: Vera Pauw (Países Baixos)

Estrela: Katie McCabe (Arsenal)

Melhor desempenho em Mundiais: primeira participação

A Irlanda conseguiu a sua primeira participação em Campeonatos Mundo com uma vitória na repescagem sobre a arquirrival Escócia, revertendo décadas de baixo desempenho. A ex-reinadora dos Paóses Baixos, Vera Pauw, foi fundamental para a reviravolta, juntamente com a capitã e talismã do Arsenal, McCabe.

Nas eliminatórias, as irlandesas venceram a Geórgia, empataram com a Suécia e chegaram à repescagem com vitórias apertadas sobre Finlândia e Eslováquia.

Na repescagem, o gol de Amber Barrett aos 72 minutos do segundo tempo foi o suficiente para que a Irlanda passar pela primeira vez na história da competição.

Além da versátil McCabe, a Irlanda contará com a experiente Denise O'Sullivan, que atua nos Estados Unidos, e Louise Quinn, do Birmingham City, ambas com mais de 100 jogos pela seleção.

NIGÉRIA (40º lugar no ranking da FIFA)

Treinador: Randy Waldrum (EUA)

Estrela: Asisat Oshoala (Barcelona)

Melhor desempenho em Mundiais: Quartos-de-final (1999)

A Nigéria é, de longe, a equipa internacional de futebol feminino mais bem sucedida de África, tendo conquistado 11 títulos da Taça das Nações Africanas, o último dos quais em 2018.

Uma das poucas nações que se qualificaram para todos os Campeonatos do Mundo, a seleção nigeriana disputa o seu nono Campeonato do Mundo na Austrália e na Nova Zelândia, tendo o seu melhor resultado sido os quartos de final em 1999.

Asisat Oshoala, atacante do Barcelona, é uma das melhores futebolistas africanas de todos os tempos no futebol feminino, enquanto a inspiradora capitã Onome Ebi disputará um incrível sexto Campeonato do Mundo aos 40 anos.

CANADÁ (7º lugar no ranking da FIFA)

Treinador: Beverly Priestman (Inglaterra)

Estrela: Christine Sinclair (Portland Thorns, EUA)

Melhor desempenho em Mundiais: Quarto lugar (2003)

As medalhistas de ouro dos Jogos Olímpicos de Tóquio qualificaram-se para todas as edições do Mundial, com exceção da primeira, em 1991, e o quarto lugar em 2003 foi o maior destaque até agora.

A seleção chega a este torneio depois de uma preparação conturbada, em que ameaçou fazer greve por causa de problemas salariais, financeiros e contratuais.

A seleção também não conta com a Janine Beckie, que sofreu uma lesão no joelho. Isso faz com que a capitã Christine Sinclair, de 40 anos, que é a maior marcadora de todos os tempos no futebol internacional, seja ainda mais importante.

Agora, no seu 23º ano na equipa canadiana, está no seu sexto Campeonato do Mundo e já fez mais de 300 jogos pelo seu país.

"Vamos lá para ganhar", declarou na semana passada.