Guia: Tudo o que precisa de saber sobre o próximo Mundial Feminino
O torneio começa com a fase de grupos, em que cada uma das 32 equipas joga três partidas. A prova foi alargada de 24 equipas após o Campeonato do Mundo de 2019 em França.
As equipas ganham três pontos por vitória e um por empate. As duas primeiras equipas de cada grupo passam aos oitavos de final.
Na fase a eliminar os jogos podem ir a prolongamento e depois a um desempate por pénaltis para decidir o vencedor. Os oitavos têm início a 5 de agosto, seguindo-se os quartos de final a 11 de agosto e as meias-finais a 15 de agosto. O jogo de atribuição do terceiro lugar entre os dois semifinalistas derrotados realiza-se a 19 de agosto em Lang Park, em Brisbane.
A final da Mundial terá lugar no domingo, 20 de agosto. O jogo terá início às 20h00 locais (12h00 CET). O Stadium Australia, em Sydney, acolherá a final do Campeonato do Mundo. É o maior recinto utilizado para o torneio e tem capacidade para cerca de 80 000 espectadores.
As casas de apostas apontam os Estados Unidos, detentores do título e tetracampeões mundiais, como favoritos.
O torneio começa com o encontro do Grupo A entre a anfitriã Nova Zelândia e a Noruega, a 20 de julho.
GRUPO A
NOVA ZELÂNDIA (CO-ANFITRIÃ), NORUEGA, FILIPINAS, SUÍÇA
A Noruega será uma força a ter em conta após o regresso de Ada Hegerberg e, juntamente com a Suíça, será favorita a avançarpara lá da fase de grupos, mas a Nova Zelândia estará de olho na oportunidade de chegar aos oitavos de final pela primeira vez.
As estreantes Filipinas, comandadas pelo ex-técnico do Matildas, Alen Stajcic, têm poucas chances de avançar.
GRUPO B
AUSTRÁLIA (CO-ANFITRIÃ), IRLANDA, NIGÉRIA, CANADÁ
A Austrália está determinada a provar o seu valor no cenário mundial diante do apoio dos seus adeptos e chega ao torneio com apenas uma derrota até agora no ano.
O Canadá, campeão olímpico, e a Nigéria, que já participou no Campeonato do Mundo, constituem um grupo complicado para a estreante Irlanda, mas as suas recentes prestações demonstraram que não são de desprezar.
GRUPO C
ESPANHA, COSTA RICA, ZÂMBIA, JAPÃO
A Espanha vai para o Campeonato do Mundo com um plantel muito diferente daquele que garantiu a qualificação, depois de os preparativos terem sido prejudicados por um conflito entre o treinador e muitas jogadoras.
O Japão, vencedor em 2011 e vice-campeão em 2015, vai tentar fazer uma campanha mais positiva do que há quatro anos, quando perdeu nos oitavos de final.
A Zâmbia está a fazer a sua primeira participação e a Costa Rica a segunda.
GRUPO D
INGLATERRA, HAITI, DINAMARCA, CHINA
A Inglaterra sofreu um duro golpe com a derrota para a Austrália, que acabou com a invencibilidade de 30 jogos, mas a campeã europeia ainda é uma das favoritas ao título, apesar da ausência de jogadoras importantes, como Fran Kirby, Beth Mead e Leah Williamson, por lesão.
Pernille Harder será a chave para as esperanças da Dinamarca, que regressa ao palco mundial pela primeira vez desde 2007, enquanto a China tentará aproveitar o sucesso da Taça Asiática. O Haiti vai disputar a sua primeira participação no Campeonato do Mundo.
GRUPO E
EUA, VIETNAME, PAÍSES BAIXOS, PORTUGAL
Os Estados Unidos são os grandes favoritos, mas as recentes derrotas para Inglaterra, Alemanha e Espanha sugerem que o caminho para o terceiro título consecutivo não será fácil.
Os Países Baixos vão querer vingar-se dos EUA no grande palco depois da derrota na final de 2019. Os estreantes Vietname e Portugal completam o grupo.
GRUPO F
FRANÇA, JAMAICA, BRASIL, PANAMÁ
Os problemas extra-campo da França são coisa do passado depois que Hervé Renard substituir Corrine Diacre como técnico. A posição de Diacre tornou-se insustentável depois de a capitã Wendie Renard ter dito que não jogaria no Campeonato do Mundo se a treinadora continuasse no comando.
O Brasil, cujo melhor desempenho no Mundial foi em 2007, quando foi vice-campeão, vai lutar pelo ouro sob o comando da experiente treinadora Pia Sundhage.
A Jamaica perdeu os três jogos na sua estreia no Campeonato do Mundo, há quatro anos, mas é uma equipa mais experiente este ano. O Panamá, estreante, completa o grupo.
GRUPO G
SUÉCIA, ÁFRICA DO SUL, ITÁLIA, ARGENTINA
A Suécia tem sido um dos pesos pesados do futebol feminino e será uma surpresa se não avançar para a última fase do mata-mata, depois de ter chegado às meias-finais do Campeonato do Mundo de 2019 e do Euro do ano passado.
A África do Sul tem tido dificuldades desde que venceu a Taça das Nações Africanas de 2022 e a Itália também perdeu o rumo desde uma impressionante campanha no Campeonato do Mundo de 2019.
A Argentina chega em boa forma, tendo vencido quatro dos seus cinco amigáveis este ano.
GRUPO H
ALEMANHA, MARROCOS, COLÔMBIA, COREIA DO SUL
A Alemanha, vice-campeã do Euro, perdeu para os Estados Unidos e para o Brasil nos últimos particulares, mas espera-se que os antigos campeões liderem o grupo.
A Coreia do Sul, finalista da Taça Asiática, poderá representar o maior desafio para a Alemanha, embora só tenha passado da fase de grupos uma vez (2015) nas suas três participações no Campeonato do Mundo.
A Colômbia, vice-campeã da Copa América, chega em má forma, tendo perdido para França e Itália em jogos de preparação em abril, enquanto Marrocos, que chegou à final da Taça das Nações Africanas, fará sua estreia depois de se tornar a primeira nação árabe a qualificar-se para o torneio.