Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

"Joga muito à frente do seu tempo": Naomi Girma conquista Estados Unidos

Reuters
Naomi Girma elogiada pelos pares
Naomi Girma elogiada pelos paresReuters
A defesa dos Estados Unidos, Naomi Girma, completa neste mês de julho a sua ascensão meteórica na seleção dos Estados Unidos com a presença na fase final do Campeonato do Mundo. É considerada por muitos como peça fundamental para as tetracampeãs mundiais nos próximos anos.

A central jogou pela primeira vez pela seleção principal dos Estados Unidos no ano passado e rapidamente conquistou um lugar no plantel de Vlatko Andonovski para o Mundial-2023.

"Ela passa, salta, contorna os adversários e consegue colocar a bola nos pés das avançados", disse Carli Lloyd, duas vezes vencedora do Campeonato do Mundo, à Reuters.

"Ela está a jogar muito à frente do seu tempo para a pouca experiência que tem. É realmente impressionante", acrescentou Lloyd, que agora é analista da Fox Sports.

Girma superou problemas durante a sua caminhada até ao topo do futebol norte-americano. Em 2019 uma lesão afastou-a da primeira convocatória para a seleção e um ano mais tarde teve um problema sério no joelho.

Os números de Naomi Girma
Os números de Naomi GirmaFlashscore

"Houve muito trabalho nos bastidores, porque me lesionei e não joguei ... foi muito gratificante e recompensador sentir que estava valendo a pena e ao conseguir recuperar e colocar-me numa posição melhor", disse Naomi à Reuters.

A central será particularmente crucial para os Estados Unidos depois da veterana Becky Sauerbrunn ter anunciado que ia falhar o Mundial devido a uma lesão.

"O potencial dela é um dos mais altos que já vi numa pessoa em muito tempo", disse Briana Scurry, a guarda-redes da equipa vencedora do Campeonato do Mundo de 1999, nos Estados Unidos.

Briana Scurry, apresentadora do podcast Counterattack, acredita que a jovem defesa tem como destino a braçadeira de capitã de equipa.

"Ela consegue ler o jogo muito bem, por isso sabe onde deve estar com antecedência. E isso não é algo que uma jogadora mais jovem normalmente possui", descreveu a duas vezes medalhista de ouro olímpico.

"Não me surpreenderia se ela fosse capitã em algum momento", completou.

Girma também tem plena consciência do seu potencial para inspirar a próxima geração, pois é filha de imigrantes etíopes cujo pai lhe incutiu a paixão pelo futebol e criou um programa de futebol local onde ela e o irmão jogavam.

"Quando era mais nova, ver alguém que tinha um passado semelhante ao meu, que se parecia comigo, em qualquer posição de destaque - nem sequer tinha de ser específica do futebol - a competir a um nível elevado era sempre muito inspirador", admitiu.

"Espero que os miúdos me vejam e sintam o mesmo sentimento e o mesmo entusiasmo", rematou.