Jogadoras jamaicanas criticam federação por falta de apoio
As jogadoras afirmaram que a sua concentração foi prejudicada por uma série de questões, como o planeamento inadequado e o acesso a recursos adequados antes do torneio, que começa a 20 de julho na Austrália e na Nova Zelândia.
"A qualificação para um segundo Campeonato do Mundo é algo que a maioria nunca imaginou ou pensou ser possível para a nossa seleção", escreveram as jogadoras numa carta aberta publicada nas redes sociais na passada quinta-feira.
"Numa altura em que devíamos estar concentradas apenas na preparação para competir no maior palco do mundo, somos infelizmente obrigadas a expressar a nossa maior desilusão com a Federação de Futebol da Jamaica", prosegue a nota.
"Em várias ocasiões, reunimo-nos com a federação para abordar respeitosamente as preocupações resultantes de um planeamento, transporte, alojamento, condições de treino, compensação, comunicação, nutrição e acessibilidade a recursos adequados que não são de qualidade. Também nos apresentámos repetidamente sem receber a compensação contratualmente acordada", acrescentaram.
No início deste ano, o presidente da JFF, Michael Ricketts, disse que a entidade governamental estava a lutar para encontrar o dinheiro para financiar a campanha do Campeonato do Mundo.
A avançada Cheyna Matthews, do Chicago Red Stars, disse que a mãe de uma de suas companheiras de equip no clube de futebol profissional feminino havia iniciado uma campanha de crowdfunding para arrecadar 100 mil doláres (91 mil euros) para a seleção jamaicana.
Cada jogadora do Campeonato do Mundo feminino terá garantido pelo menos 30.000 dólares (28 mil euros), depois de a FIFA ter anunciado no início do mês que alguns dos prémios em dinheiro seriam pagos de forma individual e não a federações nacionais.
A JFF anunciou um acordo de patrocínio para a equipa feminina com uma cadeia de fast food na quinta-feira e Ricketts disse à Nationwide News Network que o organismo estava a levar a sério as preocupações das jogadoras.
"Queremos garantir o máximo possível para as meninas, que acreditamos que se sairão muito bem no Mundial", disse ele à estação de rádio.
A Jamaica, que perdeu os três jogos do seu primeiro Campeonato do Mundo há quatro anos, inicia a campanha de 2023 a 23 de julho contra a França em Sydney.