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Jorge Vilda defende-se: "Fui despedido injustamente"

Jorge Vilda, durante uma sessão de treino com a seleção espanhola
Jorge Vilda, durante uma sessão de treino com a seleção espanholaRFEF
Jorge Vilda, que foi despedido do cargo de selecionador da seleção feminina espanhola esta terça-feira, defendeu o seu trabalho e o seu comportamento numa entrevista ao El Larguero, da Cadena Ser.

Nas suas palavras, Vilda está magoado com a decisão que foi tomada e que, segundo ele, não esperava de todo. Especialmente porque a sua renovação, mesmo antes do surpreendente anúncio de Rubiales, estava encaminhada:

"Estou tão bem quanto possível depois de ter sido Campeão do Mundo e, depois de ter renovado, sou agora injustamente despedido. Tive uma breve reunião com Pedro Rocha (presidente em funções) e com a vice-presidente para a Igualdade. A razão que me deram é que se trata de mudanças estruturais", explicou Vilda sobre a forma como foi informado do seu despedimento como treinador de Espanha.

Vilda ficou incrédulo: "Depois de tudo o que conquistei, depois de ter dado tudo de mim, estou de consciência tranquila. Não compreendi o meu despedimento. Não estava à espera, acho que não o merecia", afirmou.

O ex-selecionador espanhol garante que o seu tratamento foi sempre "de máximo respeito pelas jogadoras. Nunca ninguém com nomes e apelidos disse que Jorge Vilda é isto. A nível pessoal, as pessoas foram injustas comigo. Foram ditas coisas que não são verdade".

O que o incomoda é o facto de não poder estar em Paris-2024. "Há sempre a ilusão, eu estava muito motivado para estar nos Jogos Olímpicos".

Os aplausos a Rubiales na Assembleia

Vilda também quis aproveitar a oportunidade para explicar o seu aplauso a Luis Rubiales na Assembleia, onde este não se demitiu. "Pensámos que íamos assistir a uma demissão. Ali, o presidente valoriza o meu trabalho e anuncia a minha renovação... aplaudi isso. Também aplaudo uma gestão com um orçamento que foi multiplicado por quatro. Quando 150 pessoas aplaudem, é difícil ser o único a não aplaudir", admitiu.

Mas depois reiterou que tinha pedido desculpa publicamente. "Na minha declaração, falo do gesto no camarote, da entrega das medalhas . Conheço a Jenni (Hermoso) há 16 anos. Ela fez um grande Campeonato do Mundo e sei que ela e a sua família estão a passar por um mau bocado. Ela está à espera que tudo isto passe. Não tenho falado com ela, desliguei-me bastante do telefone. Mas não quero que ela passe um mau bocado".

Montse Tomé como sucessora

Após a sua saída, a RFEF anunciou a nomeação de Montse Tomé, sua adjunta, como nova seleccionadora. "Já a felicitei. Ela tem uma grande equipa. Deixeu um estilo de jogo reconhecido na seleção. Ali fica e ela vai sair-se bem com ele".