Montse Tomé diz-se "feliz" com o regresso de Jenni Hermoso
O rosto e a voz de Montse Tomé mudaram: de estar à beira das lágrimas em mais do que uma ocasião, passou a desfrutar de uma experiência que ansiava há muito tempo. O que era um sonho transformou-se numa longa noite de insónia devido a um conflito que não soube gerir bem, desde essa grotesca Assembleia Geral Extraordinária até à sua primeira lista como selecionadora nacional, e que agora começa a ser reposta. La Roja é líder indiscutível do seu grupo, depois de ter vencido os seus dois jogos.
Itália-Espanha no Flashscore
Como era de esperar, a asturiana foi questionada sobre a presença de Jenni Hermoso, que ficou de fora da lista anterior para a "proteger", como sugeriu, da exposição mediática: "Ela tem uma ligadura no tornozelo devido a uma pancada no último jogo que disputou no México, mas está em perfeitas condições. Estamos felizes por a ter aqui. Ela queria estar aqui. Conseguiu completar bem o treino", explicou a treinadora em conferência de imprensa.
"A Espanha não costuma jogar com medo, mas com convicção e confiança. A Itália é uma equipa muito competitiva. Defensivamente, consegue vários registos e, como já disse, tem a capacidade de sair rapidamente e colocar muitos jogadores na área do adversário. Fizemos uma avaliação dos dois jogos que disputaram contra a Suíça e a Suécia, mas estamos a pensar mais no que podemos fazer. Estamos ansiosos pelo jogo", disse ele sobre a Azzurra.
Elogios a Alexia e Aitana
A propósito de Alexia, uma das melhores futebolistas do planeta: "Ela começou a temporada no Barcelona jogando como nove. Respeitamos muito o que elas fazem nos seus clubes, bem como os treinadores. Se ele (Jonathan Giráldez) pensa assim, é porque acha que é bom para a sua equipa. Pensamos nela como uma jogadora interior, mas é uma jogadora que interpreta bem o jogo e sabe o que pode fazer em cada momento".
Sobre Aitana Bonmatí e a viagem obrigatória a Paris para a Gala da Bola de Ouro, comentou: "É muito talentosa e tem crescido muito nos últimos tempos. Estou com ela há cinco anos. Tem uma grande capacidade de jogar ofensivamente e de fazer entrar a bola no meio-campo adversário, e também de aparecer na segunda linha. Temos de nos adaptar à situação e estamos satisfeitos por haver várias jogadoras elegíveis para este prémio. Não muda este onze nem o outro".
Um jornalista local salientou que o "caso Rubiales" teve mais peso do que o próprio campeonato: "É uma pena que a Itália só tenha conseguido manter essa parte, porque foi um Campeonato do Mundo muito difícil de ganhar. É isso que o mundo tem de ver e copiar. É uma pena que não tenhamos podido mostrar isso, mas espero que ainda o possamos fazer. Agora estamos numa competição que nos entusiasma muito e que nos dá a porta de entrada para os Jogos Olímpicos", disse Tomé.