A bola de neve está a crescer. O beijo de Luis Rubiales a Jenni Hermoso continua a gerar uma enxurrada de notícias que chegam em massa aos sites desportivos. Quando as primeiras páginas deveriam estar repletas de festejos, do título ou dos argumentos táticos utilizados por Jorge Vilda para ajudar a Espanha a vencer a Inglaterra, é o presidente da RFEF que tem sido o tema regular de discussão.
Agora, Megan Rapinoe, a principal jogadora da seleção dos Estados Unidos, atacou Rubiales, afirmando que o beijo que Jenni Hermoso recebeu na cerimónia final de entrega de prémios foi um ato de "assédio". "E houve outra imagem que mostra o nível profundo de misoginia e sexismo naquela Federação e naquele homem (Rubiales) após o apito final, agarrando-a entre as pernas. Em que mundo de pernas para o ar vivemos? No maior palco, onde se devia estar a festejar, a Jenni teve de ser fisicamente assediada por aquela pessoa", disse a norte-americana numa entrevista ao The Atlantic.
Rapinoe recordou ainda o "motim" de 'La Roja'. A jogadora recordou "o que o futebol feminino tem de suportar".
"O que aconteceu fez-me pensar em tudo o que temos de suportar. Pensar no peso que a seleção espanhola teve de carregar. Algumas jogadoras que se levantaram no ano passado (protestando contra o tratamento recebido pelo treinador e pela RFEF) ainda não estão com a equipa. Talvez tenha sido algo que lhes deu um novo fôlego, mas não deviam ter de passar por isso", atirou.