As chinesas não conseguem atingir o mesmo nível desde a derrota, nas grandes penalidades, em 1999, mas a vitória por 1-0 sobre o Haiti, esta sexta-feira, garante que chegam ao último jogo da fase de grupos deste ano, contra a Inglaterra, com as hipóteses de qualificação para os oitavos de final intactas.
Recorde as incidências do China-Haiti
A China participou em todas as oito edições anteriores do Mundial Feminino, com exceção de uma, desde que ela foi lançada em 1991, e nunca deixou de passar da fase de grupos.
Mas a derrota por 0-1, no último minuto, na estreia contra a Dinamarca, em Perth, no último sábado, colocou esse recorde em risco, com a equipe de Shui a enfrentar uma eliminação precoce caso não conseguisse derrotar o Haiti, estreante no torneio, no Estádio Hindmarsh.
Os presságios não eram bons quando Zhang Rui foi expulsa aos 29 minutos da primeira parte, mas um penálti cobrado pela suplente Wang Shuang, a 16 minutos do fim, garantiu a vitória para as chinesas e manteve as hipóteses de qualificação para a fase a eliminar.
"Quando chegámos à Austrália para o Campeonato do Mundo, disse às jogadoras para não se sentirem pressionadas", afirmou Shui, medalha de prata pela China nos Jogos Olímpicos de 1996, após o jogo.
"Posso aguentar toda a pressão, desde que mostrem as vossas capacidades durante os treinos diários. Joguem o jogo com boa disposição e isso é o melhor que podem mostrar ao mundo. Encorajei as minhas raparigas a mostrarem as suas capacidades, especialmente porque é o primeiro Campeonato do Mundo para algumas delas", acrescentou.
Shui tem sido responsável por um aumento na sorte da China desde que assumiu o cargo, em novembro de 2021, ressuscitando a crença na equipa após um desempenho desastroso nos Jogos Olímpicos de 2021, onde terminaram no último lugar do seu grupo.
Três meses após a sua nomeação, a treinadora conduziu a China à sua primeira vitória na Taça Asiática desde 2006, na Índia, e agora leva a equipa a um encontro decisivo com a campeã europeia Inglaterra, na terça-feira, sabendo que uma vitória pode levá-la aos oitavos de final.
A Inglaterra lidera o Grupo D com seis pontos, com a Dinamarca e a China com três, e o Haiti em último lugar, depois de ter perdido os seus dois jogos.
"A Inglaterra é uma equipa muito forte", disse Shui.
"Não quero fazer comparações entre os campeões asiáticos e os campeões europeus. Cada equipa tem as suas próprias características. Para a equipa da China, muitas pessoas querem ver uma equipa chinesa diferente. Também espero ver as minhas jogadoras a jogar com todo o seu potencial e a lutar por todas as oportunidades", afirmou a selecionadora chinesa.