Tatiana Pinto: "Queremos colocar Portugal num patamar acima"
“Ao longo do estágio, temos vindo a trabalhar muito bem, a prepararmo-nos fisicamente também de uma forma consistente e acho que isso nos deixa seguras e positivas para aquilo que vamos encontrar nestes três jogos desta fase. Portanto, se trabalhámos bem, com certeza que as coisas vão correr da melhor forma porque estamos preparadas para tudo”, garantiu a média do Levante.
Do ‘alto’ das suas 102 internacionalizações ‘AA’, nas quais apontou cinco golos, Tatiana Pinto já tem a ‘receita’ adequada para vencer as neerlandesas, num embate marcado para as 19:30 locais (08:30 em Lisboa) de domingo, em Dunedin.
“Acima de tudo é cumprir a estratégia e o plano de jogo que vamos traçar, isso é o mais importante. Sabemos que todas as seleções que vamos defrontar têm o seu grau de dificuldade, mas, acima de tudo, vamos cumprir o plano, a estratégia, e servir Portugal na nossa melhor versão”, disse.
A jogadora de 29 anos sabe que Portugal vai ter um jogo de máxima dificuldade, face a um conjunto composto por jogadoras de grande nível, que alinham nos principais campeonatos e dispensam apresentações, mas garante uma equipa lusa pronta, como indicou o particular com a Noruega, disputado no domingo, à porta fechada.
“Para nós, qualquer oportunidade que há para jogar contra uma seleção como a Noruega (...) é uma oportunidade espetacular para nos prepararmos para as dificuldades que aí vêm. Foi um jogo extremamente positivo no que toca à nossa ideia de jogo, ao nosso entrosamento coletivo. O resultado (1-2) não tem de nos preocupar. O que importa é o que nós conseguimos produzir durante o jogo e as coisas, realmente, correram bem”, garantiu.
Face às neerlandesas, Tatiana Pinto será, certamente, uma das armas lusas, ela que marcou três dos seus cinco golos pela formação das ‘quinas’ nos derradeiros nove jogos – depois de apenas dois nos primeiros 93.
“Aquilo que eu espero trazer é a minha experiência, a minha vontade, a minha garra de querer sempre ser melhor do que ontem e colocar o ‘eu’ ao serviço do coletivo, que, para mim, é o mais importante”, frisou a média lusa.
E prosseguiu: “Nunca terei sucesso individual se o coletivo não funcionar e foi isso que aconteceu ao longo deste ano. Acho que o Campeonato do Mundo é uma montra muito grande para mim e para qualquer jogadora, mas, acima de tudo, estamos todas focadas naquilo que é o grande objetivo que partilhamos: colocar Portugal num patamar acima”.
Tatiana Pinto mostrou-se também agradecida com todo o apoio que as ‘navegadoras’ – a alcunha da seleção lusa que vai estrear-se num Mundial feminino - têm recebido, numa “onda de carinho e amor muito gira”, mas pediu mais.
“Deixar um apelo a todos os portugueses que metam os despertadores, que acordem um bocadinho mais cedo, que, com toda a certeza, vai valer a pena. Vamos deixá-los muito orgulhosos”, afirmou, admitindo uma ansiedade saudável pelo começo da prova.
Portugal estreia-se no Mundial2023 no domingo, frente às neerlandesas, as vice-campeãs mundiais em título, pelas 19:30 locais (08:30 em Lisboa), em Dunedin, num encontro da primeira ronda do Grupo E.
Depois do embate com os Países Baixos, a seleção lusa enfrenta o também estreante Vietname, em Hamilton, em 27 de julho, pelas 19:30 locais (08:30 em Lisboa), fechando o Grupo E face aos Estados Unidos, as vencedoras dos últimos dois Mundiais, em Auckland, em 01 de agosto, pelas 19:00 locais (8:00).
A prova arranca na quinta-feira, pelas 19:00 locais (08:00 em Lisboa), com o jogo entre a anfitriã Nova Zelândia e a Noruega, que se defrontam no Eden Park, em Auckland, em embate da ronda inaugural do Grupo A.
A nona edição do Mundial feminino de futebol realiza-se de 20 de julho a 20 de agosto, na Austrália e Nova Zelândia.