Depois de a sua equipa técnica o ter deixado de lado num comunicado emitido também no sábado, no qual dava a entender que tinha sido forçada a ir à Assembleia pelo agora destituído Luis Rubiales e que se demitia, foi Jorge Vilda, horas mais tarde, que também criticou as ações do agora suspenso presidente da RFEF, embora sem colocar a sua posição à disposição da Federação.
Em declarações à agência noticiosa EFE, Vilda disse o seguinte:
"Os acontecimentos que tiveram lugar desde que a Espanha ganhou o Campeonato do Mundo Feminino pela primeira vez na sua história e até hoje foram um verdadeiro absurdo e geraram uma situação sem precedentes, manchando um triunfo merecido para as nossas jogadoras e para o nosso país.
Lamento profundamente que a vitória do futebol feminino espanhol tenha sido prejudicada pelo comportamento impróprio do nosso atual dirigente, Luis Rubiales, que ele próprio reconheceu.
Não há dúvida de que se trata de um comportamento inaceitável e que não reflecte de forma alguma os princípios e valores que defendo na minha vida, no desporto em geral e no futebol em particular.
Condeno sem reservas qualquer atitude machista, que não é digna de uma sociedade avançada e desenvolvida.
Criou-se um ambiente indesejável, muito longe do que deveria ter sido uma grande festa do desporto espanhol e do desporto feminino.
Neste sentido, transmiti o conteúdo destas declarações ao atual presidente da RFEF e ao atual responsável da RFEF, Luis Rubiales.
O meu trabalho como Selecionador Nacional Feminina e Diretor Desportivo das Selecções Nacionais Femininas sempre teve como objetivo o sucesso desportivo, mas também a promoção de iniciativas que fomentem a inclusão, o respeito e a igualdade.