Recorde as principais incidências da partida
As Lionesses já haviam tropeçado na mesma fase duas vezes, mas as campeãs europeias não cometeram erros desta vez para silenciar a maior parte do público de 75 mil pessoas e chegar à final pela primeira vez.
A nove minutos do intervalo, Ella Toone, do Manchester United, abriu o marcador com um tiro dentro da área com a parte externa da chuteira.
Sam Kerr, que voltava a ser titular pela primeira vez na competição, respondeu para as donas da casa pouco depois do intervalo com um golo de classe mundial que incendiou o jogo.
O golo galvanizou o público australiano, que foi silenciado oito minutos depois, quando Hemp entrou na área e rematou ao ângulo, antes de Russo colocar a cereja no bolo a quatro minutos do fim do tempo normal.
"Chegámos à final e é inacreditável. Parece que ganhámos, mas não ganhámos (o Campeonato do Mundo), apenas ganhámos este jogo", disse a treinadora inglesa Sarina Wiegman.
"Jogámos um jogo difícil, mas voltámos a encontrar uma forma de vencer. Temos vindo a falar de impiedade e esta equipa é impiedosa, seja na frente ou na defesa", acrescentou.
Sonho tornado realidade
A Inglaterra enfrenta agora uma final no domingo, também no Estádio Austrália, contra uma perigosa seleção espanhola que derrotou a Suécia (2-1) nos quartos-de-final, com um novo nome a ser gravado no troféu.
"Todos os jogos deste torneio foram do mais alto nível, por isso temos de estar preparados. Sonhamos com isto desde que éramos meninas. Estamos entusiasmadas, vamos recuperar e estar prontas", atirou Alessia Russo.
A Inglaterra já tinha estado nesta posição antes, em 2015 e 2019, perdendo por 2-1 em ambas as ocasiões, com um terceiro lugar no seu melhor Campeonato do Mundo até agora. Mas Wiegman levou-as ao título europeu no ano passado em casa e a capitã Millie Bright disse antes da meia-final que estavam agora em melhor posição para lidar com jogos de grande pressão.
Apesar da derrota, a Austrália teve a sua melhor participação num Mundial, faltando ainda a disputa do terceiro lugar contra a Suécia no sábado.
"Sinto muito por muitos nesta noite, todos as jogadoras deixaram tudo para trás. Mas foi uma daquelas noites. A Inglaterra foi certeira. A nossa defesa na primeira parte foi sólida, mas não fomos suficientemente corajosos com a bola. Na segunda parte, começámos a jogar o tipo de jogo que podemos jogar", analisou o selecionador da Austrália, Tony Gustavsson.